quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Benefícios do Yoga - Matéria do Discovery Mulher.

Sempre gosto de encontrar boas fontes comentarem sobre os benefícios do yoga. Quem pratica regularmente, vai se identificar com pelo menos um dos benefícios citados! Dê uma olhada.


Combate ao Estresse - Proporciona relaxamento e uma mente calma!

Estudos demonstram que a raiva, a impaciência e a hostilidade estão associadas a ataques cardíacos. A prática da ioga ajuda a minimizar estas emoções e também a evitar pensamentos frustrantes ou assustadores. O estresse provoca prisão intestinal, e os movimentos da ioga facilitam o transporte dos alimentos através dos intestinos. Depois da prática, o corpo relaxa e isso favorece o descanso do corpo e da mente.


Rejuvenescedora - Oferece maior flexibilidade nas articulações e alongamento dos músculos.

Melhora a flexibilidade geral do corpo e é um exercício completo para todos os grupos musculares. Ajuda a manter a juventude e a vitalidade. Em sua luta contra a deterioração que chega com o envelhecimento natural, o guru anti-idade Dr. Andrew Weill recomenda a prática e assegura que melhora a estabilidade e o equilíbrio em mulheres mais velhas, prevenindo as quedas comuns associadas à osteoporose, já que o peso é melhor distribuído e ambos os pés o suportam por igual.


Foco - Melhora a concentração

Um importante elemento da ioga é o foco no presente. Sua prática regular melhora a coordenação, a memória e até o coeficiente intelectual. As pessoas que combinam as posturas físicas com a meditação demonstram maior habilidade para resolver problemas e recordar informações. O silêncio interior que se obtém com a meditação cala os pensamentos perturbadores e estressantes, o que acaba sendo muito saudável.


Aumenta a Beleza - Aumenta a beleza ao melhorar a aparência e postura

O iogue Swami Sivananda, um mestre indiano desta disciplina, garante que a prática regular de certas posturas proporciona a homens e mulheres mais beleza e elegância. Os praticantes da ioga ganham uma luminosidade no rosto e nos olhos, e um peculiar encanto no sorriso. O alongamento promove o alinhamento da espinha dorsal, oferecendo uma melhor postura e graça ao caminhar. Alguns asanas regulam os hormônios e estimulam a vida sexual.


Saúde - Ajuda a regular a pressão arterial

Pessoas com pressão alta podem se beneficiar com a prática da ioga. Posturas de relaxamento profundo reduzem tanto a pressão sistólica como a diastólica. As posturas da ioga, também chamadas asanas, e os exercícios respiratórios melhoram as condições cardiovasculares. A prática regular fortalece o coração e aumenta o fornecimento de oxigênio durante a prática. É sabido que a ioga ajuda a transportar mais oxigênio para as células.

Insônia - Combate à Insônia

A prática da ioga atua beneficamente sobre o sistema nervoso, especialmente o cérebro, o que acaba melhorando a qualidade do sonho. Foi comprovado que os asanas e os exercícios respiratórios fazem com que o praticante precise de menos horas de sono para estar descansado, já que ajudam a eliminar as toxinas do corpo. A redução dos hormônios do estresse favorece a conciliação do sono. Ao ficar com o corpo e mente relaxados, o praticante dorme mais rápido, levanta mais concentrado e com melhor humor.

Saúde Feminina - Alivia dores pré-menstruais e regula os intestinos

Não só foi demonstrado que a prática do yoga é uma terapia eficiente no combate à dor crônica, especialmente das costas, como também alivia as dores pré-menstruais. Há várias posturas da ioga que favorecem a elasticidade e a tonificação do útero, aliviando a congestão do sangue no abdômen. O relaxamento que a prática proporciona também ajuda a combater a tensão e o mau humor que antecedem a chegada do período menstrual na maioria das mulheres.


Faz bem para o coração - Reduz o bloqueio das artérias coronária

Não só os problemas genéticos ou a má alimentação formam placas nas artérias coronárias. Sabe-se que o estresse emocional crônico colabora na formação destas placas, bloqueando estas artérias e reduzindo o volume de sangue que chega ao coração. A ioga é o método anti-estresse mais eficaz já criado. Mediante diferentes posturas, o sangue flui melhor e também se afina, ajudando a reduzir a incidência de infartos e coágulos.


Combate à solidão - Propicia a prática comunitária

Apesar de ser possível praticar ioga sozinho e muitos iogues escolherem este caminho, outros preferem fazer parte de um grupo e seguir os ensinamentos de um professor, transformando a prática no melhor inimigo da solidão. A ioga também melhora a auto-estima e aumenta a harmonia. Ela ajuda a combater os pensamentos associados à depressão e aumenta a disposição, o que leva o praticante a desfrutar do intercâmbio de experiências com o mundo exterior.


Alívio para a asma - Oferece alívio para a asma

Foi comprovado que a prática frequente das técnicas de respiração e relaxamento da ioga liberam as pessoas do estresse e da necessidade de tomar medicamentos por doenças associadas à asma. O ar frio também pode desencadear crises de asma, mas a ioga promove a respiração pelo nariz, filtrando o ar e aquecendo-o, reduzindo assim o nível de impurezas que podem entrar nos pulmões.


Fonte: http://discoverymulher.uol.com.br/

Todo o poder do Yoga.

A técnica ganha o respeito da medicina e é usada para ajudar no tratamento de câncer, obesidade, dor crônica e doenças cardíacas, respiratórias e psiquiátricas.


Novidades divulgadas durante o congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, conhecido como Asco, o maior e mais importante encontro mundial sobre câncer. Entre os destaques mostrados no centro de convenções, em Chicago, um, especialmente, chamou a atenção não só pela importância de seus resultados como também pelo simbolismo que carrega. Pesquisadores do MD Anderson Cancer Center – uma das principais instituições do planeta para o tratamento da doença – apresentarão um trabalho no qual relatam como o yoga ajuda a tratar o câncer.

No estudo, realizado com portadoras de tumor de mama submetidas a sessões de radioterapia, ficou comprovado que o método, além de reduzir os níveis de cortisol (hormônio liberado em situações de estresse), melhora o funcionamento do corpo em geral. Entre outros ganhos, as participantes demonstraram maior capacidade de execução de tarefas cotidianas, mas difíceis de ser efetuadas por causa da doença, como subir escadas ou dar uma volta no quarteirão. Também sentiram menos cansaço, dormiam melhor e ainda encontraram uma forma menos doída de lidar com seu drama particular. “Elas dão mais foco à espiritualidade, na conexão consigo mesmas e com as outras pessoas”, disse à ISTOÉ Lorenzo Cohen, diretor do Programa de Medicina Integrativa do MD Anderson e responsável pela pesquisa. “Dessa maneira, fica mais fácil perceber o que realmente precisam e como alcançar essa meta.”

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A apresentação de uma pesquisa sobre yoga em um evento mundial no qual a tônica, historicamente, sempre foi a divulgação de novidades que giram em torno da medicina tradicional – novos remédios ou aparelhos, por exemplo – é emblemática. O fato é a evidência mais concreta de que a medicina ocidental está incluindo o yoga na sua lista de recursos contra as doenças. Criada há cerca de cinco mil anos no lugar onde hoje é a Índia, o yoga é uma filosofia de vida (leia mais no quadro à pág. 107). Seu princípio fundamental é o de facilitar a conexão do corpo com a mente, entendidos como uma coisa única, indissociável. Não é por outra razão que, em sânscrito, a língua usada em rituais do hinduísmo, a palavra yoga remete ao significado de atrelar. Para que isso seja possível, ela se apoia em recursos como a meditação, a respiração profunda e a execução dos ásanas, posturas corporais inspiradas em animais ou em outras referências da natureza.

Depois de desembarcar no Ocidente como mais uma excentricidade do Oriente, a prática hoje ganhou o respeito da ciência e recebeu o direito de entrar pela porta da frente em alguns dos mais renomados serviços de saúde do planeta. O método figura entre as terapias complementares disponíveis no MD Anderson, no Massachusetts General Hospital, em Boston, e no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, por exemplo.
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PRÁTICA
Adepto, o cientista Krystal estuda 
como o método ajuda a emagrecer

Na Clínica Mayo, outro respeitado serviço de saúde, localizado também nos EUA, ela é ofertada a portadores de doenças diversas. O pneumologista Roberto Benzo, por exemplo, a aplica no tratamento de insuficiência cardíaca (o coração perde a capacidade de bombear o sangue para o corpo) e de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), mal caracterizado pela destruição progressiva dos alvéolos pulmonares. “Os principais benefícios são a redução da dificuldade respiratória e a melhora do condicionamento físico”, explicou Benzo à ISTOÉ.

No Brasil, o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, um dos mais importantes da rede privada do País, prepara-se para oferecer a prática como mais uma opção de seu departamento de terapias complementares. No Hospital A. C. Camargo, também na capital paulista e especializado no atendimento a pacientes com câncer, aulas de yoga começaram a ser adotadas recentemente. “Elas ocorrem uma vez por semana”, informa a professora Aline Chrispan. “As participantes controlam melhor a ansiedade que aparece durante o tratamento.”

O mesmo movimento de incorporação do yoga pela medicina vem sendo registrado nos consultórios. “Indico para alguns pacientes, como os portadores de artrose”, diz o médico Mário Sérgio Rossi, coordenador do comitê de terapias complementares do Hospital Albert Einstein. “A prática ajuda na lubrificação das articulações, sem causar traumatismo”, diz. Doença inflamatória crônica, a artrose se caracteriza pela ocorrência de dor e deformações nas articulações. Por isso, além dos remédios específicos, é importante que os pacientes mantenham a funcionalidade das articulações por meio de exercícios corretos, que não agridam ainda mais essas estruturas. Por isso o yoga, com seus movimentos suaves e alongados, é uma boa opção.
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APOIO
O médico Rossi (à esq.) indica para tratar artrose. 
À dir. aulas no Hospital A. C. Camargo (SP)
Na clínica do dentista Fausto Ito, especialista em apneia do sono e ronco, do Rio de Janeiro, os pacientes são orientados a praticá-la, de preferência, em ambientes com pouca ou nenhuma iluminação. “A ausência da luz ajuda na produção da melatonina, um indutor natural do sono”, explica. “Os efeitos do yoga são potencializados e o resultado é a melhora na qualidade do sono.”

Uma pesquisa que acaba de ser publicada no Archives of Internal Medicine dá uma ideia da importância que a terapia vem ganhando. De acordo com o trabalho, 30% dos americanos fazem uso do método, assim como de outros do gênero, como acupuntura e meditação. E um em cada 30 pacientes recebeu a recomendação da prática de seus próprios médicos. “Há boas evidências da eficácia dessas técnicas, mas não esperávamos que o índice de aceitação pelos médicos fosse tão alto”, afirmou Aditi Nerurkar, da Harvard Medical School (EUA), autor do levantamento. 

Ao mesmo tempo que sua indicação se consolida, proliferam pelos centros de pesquisas estudos para investigar o alcance de seus benefícios. Aqui no Brasil, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) atestaram o efeito do método contra a hipertensão após a realização de um trabalho que acompanhou executivos com o perfil clássico desses profissionais: estressados, ansiosos e com pressão fora de controle. “Após oito meses, houve mudanças no estilo de vida e resgate da saúde”, contou o médico Fernando Bignardi. “E deixaram de ser hipertensos.”

Nos EUA, na Boston University School of Medicine, verificou-se que o yoga apresenta resultados mais eficazes no controle de distúrbios de humor, depressão e ansiedade em comparação a outros exercícios, como a caminhada. “Em exames posteriores à realização dos exercícios, os participantes exibiam taxas mais elevadas do Gaba, uma substância cerebral cujo nível, se estiver baixo, está associado a desequilíbrios de ordem emocional”, disse à ISTOÉ Chris Streeter, professora de psiquiatria e coordenadora do trabalho.

Essa característica – a de ajudar a lidar com os sentimentos – também está fazendo do yoga uma aliada contra a obesidade. É verdade que a própria execução dos exercícios já auxilia na queima de calorias. No entanto, a ciência está constatando que o impacto é mais profundo. Um claro indicativo foi registrado em uma pesquisa da Fred Hutchinson Cancer Research Center (EUA). Os cientistas acompanharam as respostas de mulheres que estavam magras ou com sobrepeso. “Em dez anos, as praticantes ganharam menos peso do que aquelas que não faziam yoga”, explicou à ISTOÉ Alan Krystal, responsável pela pesquisa. “E isso ocorreu independentemente do nível de atividade física e dos padrões de alimentação de cada uma”, disse. Na avaliação do cientista, o que está por trás do resultado é a consciência, despertada pelo yoga, do tamanho real do apetite. O método ajuda o indivíduo a perceber por que está comendo e a parar quando satisfeito.

De fato, quando usada em doenças permeadas por forte conteúdo emocional – caso da obesidade –, o yoga manifesta uma particular eficácia. Pacientes com fibromialgia, por exemplo, estão entre os mais beneficiados. A enfermidade manifesta-se pela ocorrência de dor crônica e generalizada pelo corpo. Com o passar do tempo, torna-se um inferno na vida do portador. Debilitado pela dor constante, aos poucos ele se isola, deprime-se.

Uma iniciativa da Oregon Health & Science University (EUA) revelou como o método pode ajudar. Foram recrutadas 53 mulheres com fibromialgia. As voluntárias foram avaliadas depois de ser submetidas a um programa de yoga desenhado para suas necessidades – contemplando mais fortemente aspectos como dor, fadiga, problemas com o sono e dificuldades emocionais acarretadas pela doença. Todos os pontos apresentaram melhora. Um deles chamou a atenção. “Elas ficaram mais dispostas para a vida, apesar do sofrimento”, disse James Carson, coordenador do trabalho. “E aprenderam a não dar tanto espaço a tendências ruins, como a de supervalorizar a dor.”
Na opinião de Marcos Rojo, professor e pesquisador da técnica na Universidade de São Paulo, uma das explicações para modificações como essa é justamente o estabelecimento da conexão mente-corpo perseguida pelo yoga. “Ela trabalha mecanismos que têm alguma relação um com o outro. Por exemplo, se você passa por um período de muita ansiedade, pode ter alterações no sistema digestivo ou cardiorrespiratório”, diz. “Um dos objetivos do yoga é fazer o caminho inverso: trabalhar o corpo para interferir nas emoções”, afirma.

É sabido que a atuação também se dá no nível físico propriamente dito. Um exemplo é o que proporciona no caso da dor. “Quando a pessoa sente o sintoma, se contrai. Com o yoga, aprende a relaxar profundamente”, explica Luciana Brandão, do Estúdio Ioga na Cidade, de São Paulo, e pós-graduanda na Unifesp em terapias complementares. “O sangue circula mais, ajudando a reduzir a sensação”, complementa. 

No caso das doenças respiratórias, o efeito produzido pelos exercícios de respiração aumenta a eficiência dos músculos que integram o sistema responsável pela oxigenação do organismo. Em uma análise realizada por médicos da Chicago Medical School (EUA), o benefício foi constatado após acompanhamento de 22 pacientes que fizeram aulas de uma hora, três vezes por semana, durante um mês e meio. 

Há dois pontos ainda não completamente esclarecidos no que se refere ao uso terapêutico do yoga. O primeiro diz respeito ao formato das aulas. O segundo, à frequência com que devem ser feitas. Em relação ao tipo de aula, a tendência é criá-las para ser mais específicas. Na Escola Narayana, uma das mais tradicionais de São Paulo, os responsáveis recebem alunos interessados no auxílio que o yoga pode trazer para males distintos. “Desenvolvemos aulas de acordo com a questão de saúde de cada um”, afirma Luzia Rodrigues, coordenadora da escola. Quanto à frequência ideal, restam dúvidas. “Ninguém ainda sabe dizer ao certo”, disse à ISTOÉ Brent Bauer, da Clínica Mayo. O médico orienta seus pacientes a praticar pelo menos 30 minutos todos os dias.
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Pressão sob controle
Foi um caso grave de aneurisma da aorta, há cinco anos, que fez o compositor e guitarrista Yvo Ursini, 33 anos, repensar sua vida e encontrar o yoga. Embora o problema de saúde lhe imponha algumas limitações – como não realizar exercícios que alterem o fluxo sanguíneo para a cabeça –, ele comemora os avanços. “Melhorei muito minha consciência corporal e minha pressão arterial está mais controlada.”
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Postura contra a dor
Durante uma aula de yoga, é preciso capacidade de alongamento e força nos músculos de todo o corpo. Um dos resultados dessa combinação de esforços é o alívio da dor. “Tenho uma alteração na coluna lombar e o yoga me ajuda a aliviar a tensão que causa dor”, conta a administradora na área médica Carla Hellner, 42 anos.
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Alívio depois do câncer
Após a retirada dos seios devido a um câncer, a auxiliar administrativa Adriana Ferreira Lima, 34 anos, encontrou no yoga uma forma de acelerar sua reabilitação. “Faço posturas mais lentas para recuperar a mobilidade do braço e da mão, prejudicados pela cirurgia”, fala. “Comecei há seis meses, mas já sinto que meus movimentos e minha respiração melhoraram.”
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De aluno a professor
Primeiro ele se interessou como aluno. “Procurei o yoga em busca de mais sintonia entre corpo e mente”, conta o professor de educação física Isaías Lemos, 31 anos. Alguns anos depois, contente com os resultados, ele resolveu fazer um curso de especialização. “Acabei trocando a ginástica artística, modalidade da qual era treinador, pelo yoga.” Hoje ele dá aula e é referência para os outros professores da modalidade, na academia Bio Ritmo, em São Paulo.
A história da filosofia
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INÍCIO
O deus Shiva teria passado os ensinamentos aos hindus
Uma aura de mistério envolve as origens do yoga. Acredita-se que a filosofia tenha surgido há cerca de cinco mil anos, no território onde atualmente se localiza a Índia. Para os hindus, os ensinamentos foram dados por Shiva – deus da transformação. Durante muitos séculos não houve registro escrito da técnica: os mestres passavam os conhecimentos aos seus discípulos por meio da tradição oral. O primeiro registro data de pouco mais de dois mil anos, com o livro que ficou conhecido como “Yoga Sutra”.

A produção científica em torno do tema é ainda mais recente. Começou na década de 1920, com a criação de um instituto governamental na Índia para pesquisar os efeitos do yoga sobre o corpo. “À época essa iniciativa não foi vista com muita felicidade pelos indianos, pois a eles a tradição bastava, não era necessária a preocupação científica”, diz Marcos Rojo, professor e pesquisador de yoga na Universidade de São Paulo.
Foi, todavia, a busca pelo cientificismo que impulsionou a vinda da prática para o Ocidente. Deste lado do mundo, o yoga ganhou também outros ares, com foco maior na parte física. “A visão original do yoga entende o corpo como um meio para se experimentar sensações importantes para a evolução espiritual”, fala Rojo. A filosofia inclui princípios, como o respeito à natureza, a não violência, o controle dos impulsos e dos sentidos e o desapego de pessoas e objetos. A preocupação com o alinhamento e o tônus muscular – questões relacionadas com a parte física – foram acrescentadas após a ocidentalização da prática.
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Colaborou Rachel Costa
Fonte: IstoÉ online

domingo, 13 de abril de 2014

Como a postura influencia sua personalidade.

Manter a coluna ereta não só produz uma imagem mais positiva e atraente, mas também pode promover transformações pessoais.


Para a psicóloga social e professora na Universidade de Harvard Amy Cuddy, manter a postura ereta pode ser decisivo na sua vida.
Em um estudo, Amy aponta que as posturas influenciam a nossa química cerebral e nosso poder de decisão. Com o peito aberto, tronco reto e queixo levemente levantado (postura expansiva), os pesquisados apresentaram aumento em 19% de testosterona, o hormônio da liderança, e 25% de redução do cortisol, responsável pelo estresse. O inverso ocorreu com aqueles que ficaram sentados, de braços cruzados.
Isso significa que se quiser mudar seu estado emocional, ou sentir-se mais poderoso, basta manter a coluna ereta e abrir o peito por dois minutos. Pequenos ajustes podem resultar em grandes transformações, Amy garante. Na vida profissional, dar um forte aperto de mão, manter o bom humor e o contato visual durante uma reunião ajudam a conquistar território.
O especialista em linguagem corporal Paulo Sérgio de Camargo afirma que, apesar de silenciosa, a linguagem corporal revela muito. Cerca 65% da nossa comunicação é não-verbal.

 Só os mais treinados conseguem disfarçar gestos e movimentos, não revelando o que realmente pensam.

 

Transformação

Se no início a postura adotada parece apenas um “fingimento”, uma máscara corporal, com a prática, os especialistas acreditam que é possível imprimir uma transformação interior.
Segundo o especialista em linguagem corporal Ronaldo Antonio Cavalli, ocupar mais espaço -- literalmente, usando a sua envergadura -- 
demonstra uma atitude de vencedor. O gesto se traduz na postura de vitória de um corredor, que ao cruzar a linha de chegada levanta os braços em V.
Assim como líderes natos, que ao serem fotografados, envergam a coluna e põe o peito para frente, a fim de transmitir segurança e notoriedade.
 No outro oposto, baixar a cabeça e curvar-se, remetendo-se à posição fetal, são posturas ligadas ao retraimento e à falta de coragem.
Gestos como tocar o rosto, especialmente o pescoço, cruzar os braços e deixar os ombros caídos também expressam fraqueza e o colocam em uma posição de submissão.