segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Belo vídeo, para pensarmos sobre nossa visão da vida.

A vida que você escolheu.


Uma aluna me enviou este vídeo. Achei tão lindo, que compartilho com vocês.


Todos temos aqueles dias em que acordamos sentindo uma tristeza sem explicação. Não temos vontade de fazer nada... Mas alguma coisa nos move. Uma força que existe lá dentro de nós. Esta é a força da vida. Que vale a pena, apesar de tudo.

"Só existe um tipo de deficiência: a da atitude negativa".

Espero que gostem tanto quanto eu: http://www.youtube.com/watch?v=Zpu0-eI5Y2o&feature=em-share_video_user

Sat Nam!

Mantra para superar a Adversidade - Sa Re Sa Sa

SA RE SA SA - Antar Naad Mantra.


Os desafios são parte da vida. As batalhas nos ajudam a nos tornarmos mais fortes e reforçarmos nosso foco à solução.

Eles podem se tornar devastadores quando parecem se amontoar de uma só vez sobre nós.

É aí que entoar mantras pode te ajudar. Ao entoar um mantra você permite se refugiar em um espaço sagrado onde os problemas não te alcançam. A energia do mantra individual pode então trabalhar sua energia de vibração particular em seu campo energético e para fora, em direção ao universo. As coisas mudam. Obstáculos são superados.

Quando você está cercado de obstáculos e desafios e sente que ninguém te ouve, quando você precisa de grande sabedoria e sentir-se em paz, estenda a mão para este mantra:

Sa Re Sa Sa, Sa Re Sa Sa, Sa Re Sa Sa, Sa Rung
Har Re Har Har, Har Re Har Har, Har Re Har Har, Har Rung.


Tradução:
"Este é o mantra base de todos os mantras.
Adversidade se desfaz diante deste mantra.
Ele te dá a capacidade de comunicação efetiva, então suas palavras contém maestria e impacto.
Este mantra te ajuda a conquistar a sabedoria do passado, presente e futuro.
Ele te traz paz e prosperidade mesmo quando isto não estiver no seu destino."

A vida está te levando para baixo? Eleve-se com este mantra simples e poderoso!

Ouça no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=jBU3t8y5dRY

Sat Nam.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Kundalini Yoga na Ong Aporta - e no Globo Reporter.


Olá, meus queridos!

Há dois anos o programa Globo Repórter falou sobre Ansiedade, e destacou como o Kundalini Yoga ajuda portadores de transtorno da ansiedade a superarem obstáculos.

A reportagem gravou parte de uma de minhas aulas, e também me entrevistou. Foi muito legal.

Vejam um pouco desta reportagem no vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=71dObM6SmLM&feature=youtu.be

E no texto abaixo:

De cinco mil entrevistados, mil pessoas revelaram transtornos de ansiedade ou depressão. Dois em cada dez tinham problemas graves.

Sat Nam!


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A meditação é um mergulho no silêncio.



Quando conseguimos nos refugiar em nosso templo interior, nos conectamos com nossa essência verdadeira.


Cultivar o silêncio não é das coisas mais fáceis no mundo em que vivemos. Exige aprendizado, mas os resultados compensam: em silêncio, nos conectamos com os nossos desejos mais profundos e nos tornamos íntimos desse mensageiro da paz. Não é à toa que dizem que a fala é de prata e o silêncio de ouro.


Você já mergulhou no silêncio alguma vez? É assim: quando todos se recolherem, você senta naquela poltrona mais gostosa, respira fundo e se entrega a ele.
Nessa hora, parece que o relógio anda mais devagar, a mente se aquieta e, em nossa imaginação, tudo acontece em câmera lenta. De repente, não nos apegamos a nada nem a ninguém.

Fonte: Revista Bons Fluidos.

Ansiedade afeta percepção de ameaça.


 

Pesquisa revela que pessoas muito preocupadas permanecem em um estado de estresse crônico e têm maio­res chances de descartar estímulos que representam perigos reais.

A tensão causada pela ansieda­de está longe de ser um sinal de hiper vigilância e de maior sen­sibilidade a possíveis ameaças. Pelo menos é o que revela uma pesquisa divulgada pela Biologi­cal Psychology. O psicólogo Tahl Frenkel, da Universidade de Tel Aviv, pediu a 17 universitários que manifestavam sintomas de transtorno de ansiedade e a ou­tros 22, sem sinais do distúrbio, que identificassem medo em uma série de rostos cada vez mais assustados.

Como esperado, pessoas do primeiro grupo de­tectaram a emoção antes que as do segundo. A surpresa veio, no entanto, quando os pesquisado­res analisaram imagens neurais dos voluntários, captadas duran­te o experimento. O cérebro dos ansiosos não reagiu a expressões sutis de medo, apenas às óbvias. A atividade cerebral dos mais calmos manifestou-se diante de imagens mais neutras e aumen­tou à medida que a expressão de pavor se tornava mais nítida – embora sua resposta compor­tamental tenha sido mais lenta, a atividade cerebral sugere que o segundo grupo captou diferenças sutis mais rapidamente.

O resultado mostra que os pre­ocupados estão mais vulneráveis a ignorar possíveis ameaças – o que desafia a hipótese, aceita por mui­tos, de que indivíduos ansiosos são hiper vigilantes. Frenkel acre­dita que pessoas excessivamente preocupadas permanecem em um estado de estresse crônico, ou seja, por considerarem uma enorme quantidade de estímulos como ameaçadores, têm maio­res chances de descartar os que apresentam perigo real. Segundo Frenkel, nosso “mecanismo de aviso subconsciente” é prejudica­do pela ansiedade.


Fonte: Revista Mente e Cérebro.

Dizer a verdade faz bem à saúde.


Contar mentiras estressa o corpo, aumenta pressão sanguínea e acelera coração.


Deixar de contar pelo menos três mentiras por semana ajuda a evitar sintomas físicos e psíquicos relacionados ao estresse, sugere um estudo da Universidade de Notre Dame, em Indiana. A psicóloga Anita Kelly  dividiu 110 pessoas entre 18 e 71 anos em dois grupos: instruiu o primeiro a evitar mentiras, inclusive as mais “inocentes”, como criar desculpas para faltar a compromissos. A cada sete dias, todos os voluntários responderam a um questionário de avaliação de sua saúde física e mental e foram submetidos a testes com detector de mentiras, o que ofereceu uma média de quantas vezes mentiram na semana.

Os resultados mostraram que, entre os participantes orientados a falar a verdade, três mentiras a menos equivaleram a quatro menos reclamações sobre tensão e melancolia e a três sobre dores de cabeça e de garganta. O interessante é que as pessoas do grupo de controle, que não sabiam o que os pesquisadores estavam analisando, também relatavam melhora na saúde geral – três mentiras a menos eliminavam duas reclamações de desconforto psíquico e uma de dores físicas. Segundo Anita, cada vez que mentimos, há aumento do nível de estresse: a glândula suprarrenal secreta hormônios, o coração acelera e a pressão sanguínea sobe. A frequência desse estímulo de “alerta” pode sobrecarregar o organismo e desencadear sinais de estresse.


Fonte: Revista Mente e Cérebro.

Postura encurvada piora o humor.


Mantenham a postura "elegante"!!! Andar de cabeça baixa favorece produção de hormônio relacionado ao estresse.


Endireitar os ombros e buscar uma posição que não torture tanto a coluna pode, além de evitar dores no futuro, ajudar a combater o mau humor. É o  que revela uma pesquisa da Universidade Estadual de São Francisco. O professor de educação física Erik Peper dividiu 110 voluntários em dois grupos: em um, todos deviam andar de cabeça baixa e ombros caídos por um corredor; no outro, os participantes deviam fazer o mesmo, mas com as costas eretas. Após a pesquisa, todos responderam a perguntas que avaliavam seu humor e satisfação com a vida. Segundo Peper, as pessoas que atravessaram o corredor com postura relaxada relataram mais cansaço, “falta de energia” e tristeza.

“Basta imaginar como nossos hábitos mudaram ao longo dos últimos 100 anos: passamos mais tempo sentados, e a maioria das pessoas se encurva ou afunda na cadeira em algum momento do dia, seja na mesa de trabalho ou vendo TV”, diz o pesquisador. Os resultados reforçam estudos anteriores que mostram que a postura encurvada está relacionada à maior produção de cortisol, o hormônio do estresse. 


Fonte: Revista Mente e Cérebro.

O que é meditação?


Meditar é esvaziar a mente. Em busca do autoconhecimento, o não-fazer nos prepara para o que deve ser feito.

Se você acha que meditação é coisa de monge de cabeça raspada, pode eliminar esta ideia já. Todos nós somos capazes de meditar, uma atitude que pode ser tomada em qualquer lugar, a qualquer hora, independente de termos ou não uma religião. Para embarcar nessa viagem fantástica, só duas coisas são exigidas: determinação e disciplina.

Meditar não é refletir.


Antes de mais nada, esqueça a definição contida nos dicionários. Meditar não é refletir, é esvaziar a mente. Os mestres orientais têm como fundamental ensinamento o saber ficar em silêncio, manter a mente vazia e buscar a sabedoria interior.
Pensar sem parar, falar continuamente e ficar todo o tempo fazendo alguma coisa produz ansiedade e nos afasta de nós mesmos. O silêncio desperta a alma, a mente vazia nos conecta com o Universo e o não-fazer nos prepara para o que deve ser feito.

Meditar é focar a mente, deixar as preocupações de lado, viver o aqui e o agora. Durante a meditação, a pessoa se conecta com o campo da pura energia, inteligência e consciência.

Segundo Deepak Chopra, médico de homens e de almas, "com a meditação, trazemos a sabedoria para nossa vida e nos aperfeiçoamos a cada momento. Devemos meditar num lugar tranqüilo, duas vezes por dia, durante 20 minutos, se possível sentado no chão, com as pernas em posição de lótus e as mãos sobre os joelhos, respirando profundamente".

Não imagine que isso aconteça de um momento para outro. Essa viagem exige disposição e leva um bom tempo. Nossa mente se divide em duas. Temos uma consciência dos sentidos - visão, audição, olfato, paladar, tato - e uma consciência mental, que envolve nossos processos intelectuais, os sentimentos e as emoções, a memória e os sonhos. Meditar é uma atividade da consciência mental. Domar a mente e trazê-la à compreensão da realidade.

Uma vez desenvolvido o estado meditativo, somos capazes de gerar esse processo a qualquer hora e em qualquer lugar. Agora, não se iluda: atingir o nirvana, levar nosso cérebro ao paraíso, exige determinação e muita força de vontade.
No começo, conseguir focalizar a atenção no mundo interior não dura mais do que segundos. Um instante em que os neurônios desligam os mecanismos das funções visuais e motoras e a pessoa perde a noção do eu, sentindo-se expandida para além de qualquer limite.

Fonte: A maravilhosa Revista Bons Fluidos! AMO!! RECOMENDO!!! :)

Yoga e meditação amenizam estresse, afirma neurofisiologista.


Shirley Telles alardeia a eficácia comprovada dos meios naturais de contornar o estresse. 


Esta mulher de fala branda e olhar plácido é especialista em estresse, ou melhor, em antiestresse. Sabe desarmar a bomba responsável por uma batelada de males cada vez mais infiltrados no dia a dia, tais como diabetes, hipertensão, enxaqueca, gastrite, insônia, asma e doenças autoimunes. Africana nascida em Nairóbi, no Quênia, mas radicada na Índia, Shirley Telles é doutora em neurofisiologia pelo National Institute of Mental Health and Neurosciences, em Bangalore, e diretora de pesquisa do Patanjali Research Foudation, em Harjdwar, ambos na Índia. Referência nos estudos que investigam os efeitos terapêuticos da yoga e da meditação sobre a mente e o corpo, a pesquisadora já aplicou seus conhecimentos em casas de correção infanto-juvenil, moradias de idosos, empresas de tecnologia e também em pacientes esquizofrênicos e sobreviventes de catástrofes naturais. Em todos os casos, observou a prática de asanas e pranayamas (exercícios respiratórios) ajudar as pessoas a lidar com suas aflições e medos. “Mesmo em situações extremas, de emoções à flor da pele, a yoga pode ser útil. Os benefícios mentais e orgânicos são comprovados”, assegura. Ela mesma é uma entusiasta praticante da técnica milenar. Convicta de seus amplos benefícios, afirma que nosso corpo é perfeitamente capaz de produzir a química do relaxamento e que a plasticidade do cérebro, faculdade que nos permite adquirir e consolidar novos e melhores hábitos, aliada à capacidade humana de fazer escolhas conscientes, é nossa grande salvação. Entenda, a seguir, por que somos uma fábrica de bem-estar que só precisa ser corretamente estimulada.

BF*: Quais são as descobertas mais recentes da neurociência sobre os efeitos da yoga no cérebro e no organismo?
ST: Hoje sabemos que por meio da prática da yoga, da meditação e de outras alterações no estilo de vida qualquer um pode desencadear mudanças nos genes, no nível dos cromossomos, o que retarda o processo de envelhecimento.
 
BF: Como essas práticas nos ajudam a gerenciar o estresse e a lidar com as emoções?
ST: De muitas formas. A primeira delas é através da respiração, função que reduz a excitação do sistema fisiológico, ou seja, a atividade do sistema nervoso simpático é reduzida por meio de longas e lentas respirações. A outra é por intermédio do alongamento. Ao realizarmos as posturas da yoga e permanecermos nelas por certo intervalo de tempo, os músculos enviam sinais para o cérebro, que passa a liberar neurotransmissores relacionados ao relaxamento, como as endorfinas, e a reduzir a ação de substâncias como a norepinefrina, associada à ansiedade. Mesmo uma caminhada pode acarretar esses benefícios. Se a pessoa está deprimida, deve tentar se levantar e se mexer, de preferência ao ar livre para assimilar a luz solar. Não podemos esquecer que a yoga também leva a mudanças mentais que se refletem em novas atitudes.
 
BF: Os ensinamentos milenares indianos já indicavam essa realidade fisiológica hoje atestada pela ciência?
ST: Não, essas evidências são mencionadas apenas nas publicações atuais do meio científico. A ideia de que a yoga pode auxiliar no combate ao estresse não aparece nos livros antigos, pois esse conceito não vigorava na época. Entretanto, os ensinamentos contidos nesses textos afirmam que a yoga é um processo para reduzir a instabilidade mental e a velocidade interna, trazendo equilíbrio para a vida, de modo que ela não seja nem tão alegre nem tão triste. Algo no meio.

BF: Com que frequência de prática é possível colher benefícios?
ST: A prática regular três vezes por semana, 45 minutos por dia, ao longo de três meses, é suficiente para desencadear benefícios. Em casos de doenças crônicas, como asma, diabetes, gastrite, hipertensão, depressão, câncer – os danos causados pela quimio e pela radioterapia são menores quando o paciente é praticante de yoga – ou estresse elevado, indica-se maior intensidade, como quatro horas por dia. Contudo, trata-se de um cuidado complementar. Recomendamos a ingestão de medicamentos alopáticos paralelamente à prática da yoga e da meditação.
 
BF: Por que nos dias de hoje estamos tão suscetíveis aos efeitos nocivos do estresse?
ST: Hoje em dia, há grande disparidade entre o que somos fisicamente capazes de realizar e o que mentalmente acreditamos que temos de realizar, sobretudo em termos profissionais e financeiros. As pessoas querem melhorar de cargo, de casa, de carro, sempre mais e mais, pois associam essa escalada à felicidade, mas isso tem um preço para a saúde.
 
BF: Quais mudanças no estilo de vida são indicadas para criar um escudo antiestresse?
ST: A primeira providência é estabelecer uma rotina que se afine com o jeito de cada um. Contudo, todos devem acordar e dormir cedo, bem como se alimentar em horários predeterminados. Tanto a medicina alopática quanto a ayurvédica recomendam uma refeição mais completa pela manhã, mediana no almoço e leve no jantar. A yoga deve ser praticada pela manhã, de preferência ao nascer do Sol, momento em que o ar é mais fresco e acabamos de despertar de uma boa noite de sono. Assim, nos preparamos para atravessar um belo dia.
 
BF: Por que é tão difícil mudar hábitos ruins?
ST: Porque o corpo se acostuma a qualquer coisa. Ele é como uma máquina capaz de aprender o que quer que queiramos ensiná-la. Tudo é uma questão de treinamento e de como usamos nossa força de vontade da melhor maneira possível.
 
BF: Há pessoas que, de tão acostumadas às pressões geradoras de estresse, se quer se percebem abatidas por esse desgaste. Como elas podem refinar a percepção sobre si mesmas?
ST: Um dos pontos cruciais enfatizados pela yoga é a plena atenção. Seja lá o que você estiver fazendo, esteja consciente. Se você estiver sentado numa cadeira, perceba a maciez do assento, seus pés apoiados no chão, a postura ereta. Da mesma forma, cheque o estado mental. Você está aqui, por inteiro, neste momento ou sua mente se distraiu devido ao barulho do ambiente? Quando comemos em silêncio e concentrados no ato em si, temos mais chances de ingerir apenas o necessário. Esse é apenas um exemplo do quanto temos a ganhar quando estamos despertos.
 
BF: Quem escolhe um estilo de vida apaziguador corre o risco de negar ou suprimir emoções densas?
ST: Todos nós sentimos emoções negativas, como raiva, inveja, ciúme. Somos seres humanos. Mas, se estivermos conscientes no momento em que esses sentimentos emergem, podemos nos perguntar: “Vale a pena eu me aborrecer por causa desta situação?” Muitas vezes, é importante que expressemos nosso descontentamento para que o outro possa repensar sua conduta, mas não há necessidade de o fazermos de forma excessiva e estressante. Eis um aprendizado contínuo para todos nós. É humanamente impossível permanecer 24 horas por dia como santo. Por outro lado, é danoso à mente e ao corpo sempre expressar emoções, boas ou ruins, enfaticamente.
 
BF: Qual é o papel da fé no restabelecimento da saúde?
ST: A espiritualidade é parte essencial da vida. Há uma vertente da yoga dedicada à devoção chamada bhakti yoga. Nela, você não analisa as coisas, apenas se entrega a um plano superior que está além da racionalidade. Essa perspectiva ajuda a atravessar dificuldades. Vejo pessoas que enfrentaram desastres naturais dizerem que a fé as ajudou a sobreviver e a se recuperar. Artigos científicos examinam a influência da oração e da religiosidade na cura de doenças. Esse entrelaçamento é um processo em andamento. Há muito por ser desvendado. BF: Você é uma pessoa religiosa, embora cientista? ST: Nasci católica na África e fui criada assim, depois passei pela Inglaterra até me estabelecer em Goa, na Índia. Sou religiosa, mas não me aferro a rituais. Não acredito ser preciso frequentar a missa todo domingo para ser uma boa cristã. Se você tem fé e segue os preceitos da sua religião, isso é suficiente. Considero essa postura mais espiritualista do que religiosa.
 
Calmantes naturais
Simples de serem praticados, os exercícios abaixo, indicados pela doutora Shirley, reduzem a aceleração da mente. Vale lembrar que quanto mais lenta, rítmica e profunda for a respiração, melhor. “A proporção ideal é de um tempo para a inspiração e dois para a expiração”, ensina a especialista.
Exercício de respiração
1. Sente-se com a coluna ereta e repouse as duas mãos sobre a barriga. Inspire profundamente e, na expiração, emita o som ahhhh.
2. Aagora, inspire inclinando a cabeça para trás. ao expirar, emita o som ahhhh até encostar o queixo no peito.
3. Por fim, inspire inclinando a cabeça para trás. ao expirar, emita o som ommmm até encostar o queixo no peito. Repita a série três vezes.
 
Exercício de alongamento
1. De pé e com a coluna ereta, eleve os braços inspirando e una-os sobre o topo da cabeça. na volta, expire dizendo ahhhh e recolha os braços ao lado do corpo.
2. Inspire na posição central e expire curvando o tronco para a lateral dizendo uhhhh e volte ao centro na próxima inspiração. Repita para o outro lado.
3. Coloque as duas mãos sobre a lombar com os polegares apoiados na cintura. Inspire curvando as costas para trás e expire projetando o tronco à frente até encostar as mãos no chão enquanto pronuncia ummmm.
4. Deite no chão de lado com a cabeça apoiada num dos braços e gire o outro amplamente fazendo uma rotação de 360 graus nos dois sentidos. Enquanto faz o círculo, emita o som ommmm. Depois, deite do lado oposto e repita a sequência. Faça cada série três vezes.

* Fonte: Revista Bons Fluidos.

Dor crônica e ansiedade podem envelhecer DNA antes da hora.


Pesquisas relacionaram desgaste à síndrome do pânico, agorafobia e fibromialgia


Cromossomos são estruturas que armazenam o DNA – a sequência de genes que contém todas as informações genéticas dos seres vivos. Como uma fita em espiral, o DNA fica enrolado dentro de cada cromossomo, que por sua vez fica no interior das células.  Cientistas já descobriram que, à medida que envelhecemos, as pontas dos cromossomos, chamadas telômeros – que funcionam como uma espécie de capa protetora–, tendem a ficar mais curtas. Agora, dois estudos, um da Universidade Harvard e outro da  Universidade de Michigan, revelam que pessoas que sofrem de dor crônica e de transtornos de ansiedade apresentam telômeros encurtados, como se fossem mais velhas, o que sugere que esses problemas estão associados ao envelhecimento precoce do DNA.

Publicada na PLOS ONE, a pesquisa de Harvard relacionou dois distúrbios de ansiedade especialmente associados ao encurtamento dos telômeros: síndrome do pânico e a agorafobia (medo de permanecer em lugares públicos ou grandes espaços abertos).
Já os pesquisadores de Michigan, que relataram seus resultados na Journal of Pain,  relacionaram a dor crônica em mulheres com fibromialgia (síndrome que causa dores por todo o corpo) ao desgaste das pontas dos cromossomos. “Os telômeros podem oferecer informações tanto sobre a exposição cumulativa ao estresse de uma pessoa ao longo da vida quanto sobre sua habilidade de lidar com isso – é uma espécie de medida da ‘idade biológica’”, explica um dos autores, a psicóloga Afton Hassett, do Centro de Pesquisa em Dor Crônica e Fadiga da Universidade de Michigan. Segundo Afton, vários outros estudos apontam algumas formas de prevenir e reduzir o encurtamento dessas estruturas: dieta equilibrada, dormir bem, praticar atividade física, combater o estresse relacionado à dor crônica, moderar o consumo de álcool e tentar enxergar as situações estressantes  como desafios para o crescimento pessoal.

Nota: Eu incluo como formas de combater o estresse relacionado à dor crônica e ansiedade as técnicas do Kundalini Yoga e Meditação, cujas pesquisas comprovam seus efeitos positivos na saúde física e mental!

Fonte: Revista Mente e Cérebro.

Sexto Chakra - Fique atento ao poder da intuição



O poder da intuição pode melhorar sua relação com o mundo e ajudar a tomar grandes decisões.

Melhore sua relação com o mundo por meio da sua habilidade intuitiva.

 
Sabe quando você tem a certeza de alguma coisa, mas não sabe explicar por que ou de onde ela veio? Essa é a intuição, que vem do latim intueri e significa considerar, ver anteriormente.
Os pressentimentos podem nos levar a tomar decisões melhores que as deliberações racionais. Mas para compreender, não basta pensar: é preciso sentir e, principalmente, intuir.
A razão tem razão?

A intuição é uma aptidão que todos nós temos, mas que precisa ser desenvolvida - assim como a própria capacidade de pensar. Ela funciona como um guia interno, que se manifesta através de um conhecimento não-linear. "Por isso a intuição aparece através de sensações inexplicáveis, insights, sonhos, ou de uma voz interna que parece dizer 'sim, isso está certo' ou 'isso não vai funcionar'", diz a psiquiatra americana Judith Orloff, autora do livro Second Sight (Outro Olhar, numa tradução livre, ainda sem edição no Brasil). "Um pressentimento sempre nos inquieta porque não sabemos de onde ele surgiu, ele não vem a partir de um raciocínio consciente, mas de um lugar desconhecido da nossa mente", escreve Judith. Filósofos como Platão já valorizaram a intuição como um ponto de partida para suas ideias. As sacadas surgiam intuitivamente e, depois, eles tratavam de colocá-las à prova sob a luz do racionalismo.

A mente intuitiva.


Nossa mente trabalha melhor relegando ao inconsciente uma boa parcela do pensamento racional - ela não daria conta de tudo, se não usasse esse artifício. Por causa disso, a própria evolução dotou nossa mente da capacidade de reagir antes mesmo de pensar quando estamos diante de uma situação de risco - a intuição é, portanto, uma aptidão evolutiva. Na maior parte das vezes, os pressentimentos se baseiam num volume surpreendentemente pequeno de informações. "O instinto que nos faz hoje optar por algo que conhecemos equivale ao instinto de sobrevivência no mundo selvagem", diz o professor de Psicologia da Universidade de Chicago, Gerd Gigerenzer, no livro O Poder da Intuição.

Atenção aos sinais.

Intuir funciona como um "sexto sentido" colocado à nossa disposição e que nos ajuda a melhorar nossa relação com o mundo e facilitar nossa vida. É o autoconhecimento, aliás, que nos permite reconhecer os pressentimentos que a nossa mente tem. E, se estivermos atentos aos sinais, aumentamos nossa capacidade de decidir acertadamente. Para que isso ocorra, precisamos estar com a mente tranquila - afinal, quanto maior nosso nível de estresse e de ansiedade, menor a acuidade dos nossos sentidos.

Confiar (e agir).

Desenvolver a intuição significa adotar uma postura mais reflexiva e trabalhar a autoconfiança. Dedicar-se um tempo ao silêncio e ao recolhimento ajuda. Registrar e interpretar sonhos e impressões, também, porque essas práticas facilitam o acesso ao mundo interno, assim como ler, conhecer, assistir, viajar. "Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento de que necessita em seu próprio interior", escreveu o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, um defensor da intuição.

Intuir, portanto, é enxergar melhor o mundo olhando para dentro de nós mesmos. Mas de nada adianta abrir uma comunicação com o inconsciente se isso não impulsionar ações. Viver é mesmo correr riscos e, para isso, nem sempre basta apenas pensar.

Fonta: Revista Vida Simples.

Meditar pode ser tão eficaz quanto medicamentos para tratar a depressão.


Mais uma pesquisa sobre os efeitos da meditação em nossa saúde física e mental!


As técnicas de meditação são atualmente usadas no âmbito hospitalar, e sua eficácia clínica foi estabelecida em alguns campos aplicativos, em particular no caso da depressão e da dor crônica. O psicólogo cognitivo Zindel Segal e seus colegas do Centro de Dependência e Saúde Mental de Toronto, no Canadá, acompanharam 84 pacientes que sofriam de depressão e haviam tomado antidepressivos até a remissão dos sintomas. No final desta primeira fase, um terço dos pacientes continuou o tratamento antidepressivo, um terço recebeu placebo e o restante participou de sessões de terapia baseada na meditação de plena consciência. 

Um ano e meio depois, 30% dos pacientes que se dedicaram à meditação de plena consciência voltaram a sofrer de depressão – um número equivalente ao das pessoas do grupo tratado com antidepressivos, enquanto a proporção atingia 70% dentre os que haviam tomado o placebo. Os pesquisadores concluíram que a prática da plena consciência pode ser tão eficaz quanto os antidepressivos para evitar uma recaída. Os efeitos positivos da meditação para a saúde se baseiam em uma modificação da atividade cerebral.

O caso da dor crônica foi estudado em particular pelo neurocientista Fadel Zeidan e por seus colegas da Universidade da Carolina do Norte. A equipe do pesquisador avaliou a atividade cerebral dos praticantes que receberam estímulos dolorosos. Nestas pessoas a intensidade percebida da dor havia diminuído em 40% e a sensação de desconforto (que se refere à maneira como a pessoa vive a experiência) em 57%, em relação aos participantes do grupo de controle. Essa diminuição da intensidade dolorosa está associada ao aumento da atividade do córtex anterior do cíngulo e à baixa atividade da ínsula anterior, regiões que participam da regulação cognitiva da dor, influindo na percepção. Além disso, uma ativação do córtex orbito frontal permite considerar a dor “menos desagradável”.


Fonte: Revista Mente e Cérebro.

sábado, 20 de abril de 2013

Mantras Kundalini Yoga

Seguem os três mantras entoados em todas as aulas de Kundalini Yoga: os dois primeiros no início, o terceiro ao final da prática:

Os mantras podem ser entoados com uma postura das mãos, ou mudras. Ao entoar os três mantras abaixo, no início e no final da prática, usamos o Mudra de Oração: palmas das mãos unidas, dedos unidos, com o polegar encostado no peito, associado ao Chakra do Coração. Sempro lembro meus alunos para sentirem a vibração do peito na mão. A sensação é gostosa. Sensação de que vibramos!


Adi Mantra - Ong Namo Gurudev Namo

Significado: “Eu reverencio minha consciência Superior”.É o Mantra que precede a prática de Kundalini Yoga, sintonizando a pessoa com o seu Ser Superior ou Mestre Interno. Este mantra sagrado nos abre o canal espiritual.  Estabelecendo esta ligação com os Mestres de Kundalini Yoga, somos protegidos e guiados em nossa prática.Este mantra - o chamado Adi (primal, original) Mantra - é cantado ou vibrado pelo menos 3 vezes no início de cada prática ou aula de Kundalini Yoga, a fim de assegurar a mais pura orientação interior.


Mangala Mantra Charan - Ad Guray Nameh

Aad guray Nameh, Jugaad guray Nameh, Sat guray Nameh, siree Guroo dayv-ay NamehSignificado: Eu reverencio a sabedoria principal, inicial. Eu reverencio a verdadeira sabedoria através dos tempos. Eu reverencio a verdadeira sabedoria. Eu reverencio a grande sabedoria invisível.Você é guiado a partir do núcleo primitivo e inicial, em todos os momentos de experiência e atividade, guiado na mais profunda verdade do seu coração e ser, pelo Infinito invisível de seu self mais elevado. Este é um mantra que limpa as nuvens de dúvida e nos abre para orientação e proteção. Ele envolve o campo magnético com a luz de proteção.


Bij (ou semente) Mantra - Sat Nam

É o mantra mais utilizado na prática de kundalini yoga. Vocalizar este mantra desperta a alma e lhe dá o seu destino. Cumprimentando aos outros com Sat Nam, reconhecemos a verdadeira identidade do outro e nossas Identidades Divinas mútuas.Significado do mantra:Sat - significa verdade; a realidade da existência de uma pessoa.Nam - significa a identidade. No todo: A verdade é a minha identidade.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Depressão - De frente para o abismo


A tristeza é senhora, e desde que o ser humano é humano é assim. Mas o número de depressivos só cresce. Saiba por que a evolução permitiu que isso acontecesse.




Qualquer vida é triste. O tempo passa e todo momento feliz é uma perda que podemos recuperar apenas na memória. Nossos desejos não têm fim, e nos sentimos impotentes quando eles não correspondem às limitações do mundo. Nossos corpos inevitavelmente entram em decadência e, por fim, todos nós morremos. Mas a vida também é feliz e, conforme superamos uma frustração amorosa, a morte de alguém ou um fracasso, logo voltamos à luz, prontos para ver que cada conquista expande nosso mundo. 
Só que em alguns casos a tristeza não vai embora e se torna muito maior que o fato que a desencadeou. E a depressão começa lentamente a agarrar e corroer a vida, como a ferrugem consome a lataria de um carro abandonado. 
Para o depressivo, a vida é estar constantemente à beira de um abismo, tomado pela tontura que rouba o equilíbrio e que paralisa diante de uma queda iminente. Ele se sente para baixo o tempo todo, inútil, culpado, desconcentrado, cansado, sem prazer para fazer as coisas do dia a dia. O sono fica irregular, o peso cai, e ideias de morte ou suicídio não saem da cabeça - segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 15% dos depressivos acabam se matando. 
O problema é sério - em 2001 (esse é o dado mais atual), havia 340 milhões de depressivos espalhados por todo o mundo, dos quais apenas 25% tinham acesso a algum tratamento efetivo. E o transtorno não para de crescer. Quando chegarmos a 2030, será a doença mais comum no mundo, segundo a OMS.
Quais são as causas? 
A depressão é engatilhada por eventos da vida, como alguma perda - a de uma pessoa querida, de uma função, de uma ideia sobre si e é pior quando se sofre humilhação ou a sensação de estar em uma armadilha. Mas também mudanças positivas podem surpreendentemente desencadear a depressão - como o casamento ou uma promoção no trabalho.
Só que nem sempre passar por uma barra leva a uma depressão. Afinal, ela não tem uma causa única. Na verdade, é uma conjunção de fatores genéticos (se um gêmeo tiver depressão, seu irmão terá 46% de risco), bioquímicos (desequilíbrio de neurotransmissores, como serotonina, norepinefrina e dopamina), ambientais (quando os acontecimentos da vida vão mal) e psicológicos (a história de vida da pessoa). Por isso, o tratamento em geral inclui tanto medicamentos quanto psicoterapia, num processo por vezes frustrante, com tentativas e erros até encontrar o remédio (e o psicólogo) correto. E é importante que segui-lo à risca e não abandoná-lo sem orientação médica quando começar a se sentir bem. O caso do jornalista Andrew Salomon mostra bem o risco de abandonar o tratamento por conta própria. 
Solomon era um exemplo de sucesso. Graduou-se na Universidade de Yale e fez mestrado em Cambridge. Viajou o mundo, escrevia para a revista New Yorker e, quando parou de tomar antidepressivos, decidiu se matar. Como a culpa de traumatizar a família impedia o suicídio, optou pela via indireta. "Não conseguia encontrar uma maneira de provocar câncer, esclerose múltipla e outras doenças fatais, mas sabia como pegar aids. Então, decidi fazê-lo", conta em seu livro O Demônio do Meio-Dia, sobre a depressão com a qual aprendeu a conviver. 
Durante 4 meses, afundou-se em encontros sexuais com estranhos que presumia infectados. Quando marcou seu teste de HIV, teve uma crise tão forte que voltou aos medicamentos. Por fim, descobriu não ter sido contaminado. Depois de dois meses, a crise passou. Nunca mais Solomon abandonou seus remédios, e assim conseguiu seguir em frente. "O oposto da depressão não é a felicidade, mas a vitalidade. E minha vida (...) é vital, mesmo quando triste", escreve.Evolução 
Como é possível que um transtorno tão prejudicial possa ter resistido à seleção natural e se tornado uma das doenças mais comuns da humanidade? Evolucionistas apresentam ao menos 3 possibilidades. Uma é a teoria da hierarquia, proposta pelos psiquiatras evolucionistas Anthony Stevens e John Price. Para eles, a depressão garante que animais consigam conviver conformados em sociedade, obedecendo hierarquias. 
"O estado de depressão evoluiu-se para promover a aceitação do papel subordinado", escrevem. Assim, quando um animal perde uma disputa, a depressão diminui suas aspirações de dominação e evita que tente questionar seu papel secundário - mesmo que ao líder se reserve a vantagem de ter mais comida e mais parceiros sexuais que os demais. 
Outra hipótese é a de que nosso cérebro evoluiu menos do que a forma como nós vivemos. A sociedade moderna, com suas inúmeras escolhas, decisões e responsabilidades, é simplesmente estressante demais. Afinal, o homem das cavernas não tinha que optar por uma profissão, procurar emprego e trocar de família, de cidade, de grupos sociais. Da vida se podia ter mais certezas e bem menos motivos para se arrepender. 
Também é possível fazer a hipótese de que a depressão ajuda a encontrar soluções para problemas. É o que propõem Paul Watson e Paul Andrews, da Universidade do Novo México, EUA. Ao concentrar toda a energia para ruminar suas questões, o depressivo leve pode encontrar alternativas que não passariam por sua cabeça se estivesse feliz. Ao mesmo tempo, consegue das pessoas mais próximas certa benevolência e uma maior disposição para ajudarem-no. 
E por que hoje a depressão não para de crescer? É possível especular várias razões - desde as mudanças tecnológicas até a crise das religiões. Mas isso é especular. O que a psicóloga Joan Chiao, da Universidade Northwestern, EUA, fez foi estudar o fenômeno do ponto de vista genético e cultural em 29 países. Sua conclusão aponta para o individualismo. 
A prevalência de uma variante do gene transportador de serotonina relacionada à depressão é duas vezes maior nos povos do Leste Asiático - como chineses e japoneses - do que entre ocidentais. Mas, diferentemente do que isso sugeriria, a prevalência da depressão no Ocidente é muito maior do que no Leste Asiático. 
A razão, segundo o estudo, é que culturas baseadas na colaboração coletiva como as orientais acabam dando um apoio social a indivíduos geneticamente suscetíveis à depressão. "Isso parece proteger indivíduos vulneráveis de riscos ambientais que serviriam de gatilho para episódios depressivos", conta. Ou seja, é impossível ser feliz sozinho.
ADOLESCENTES 
Pelo menos 5% dos adolescentes sofrem depressão - o que é agravado pela dificuldade em saber o que é comum nessa fase de mudança de personalidade e o que é questão psiquiátrica. 

MULHERES 
A depressão é duas vezes mais comum entre elas que entre eles, por motivos tanto biológicos quanto sociais e psicológicos. Além de os níveis flutuantes de estrogênio e progesterona terem efeito nítido no humor, a mulher sintetiza serotonina mais lentamente que os homens. Por outro lado, elas têm mais probabilidade de ser vítima de abuso, de ter menor instrução, de viver subordinadas e de se preocupar demasiadamente com os filhos. 

HOMENS 
Por outro lado, homens têm 4 vezes mais probabilidade de se suicidar. Como as culturas ocidentais consideram "feminino" admitir fraquezas, deprimidos tendem a, em vez disso, ficar frustrados, irritados e às vezes agressivos. É comum buscar a saída no álcool e nas drogas. 

HOMOSSEXUAIS 
Richard Herrell conduziu em 1999 um estudo com 103 duplas de irmãos gêmeos de meia-idade em que um era homossexual, e outro, heterossexual. Entre os heterossexuais, 3,9% já haviam tentado se matar; entre os homossexuais, a proporção subiu para 14,7%. A explicação mais óbvia para essa alta taxa de depressão entre os gays é a internalização da homofobia.

Fonte: Revista Super Interessante.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Tempos da meditação - importante saber!

A ciência do yoga diz que há períodos de tempo específicos necessários para certos efeitos desejados durante a meditação. A maioria das meditações é feita por 11 ou 31 minutos.

3 minutos de meditação afetam o campo eletromagnético, a circulação e a estabilidade do sangue.

11 minutos de meditação começam a mudar os nervos e o sistema glandular.

22 minutos de meditação equilibram as três mentes (positiva, negativa e neutra ou meditativa) e elas começam a trabalhar juntas.

31 minutos de meditação permitem que as glândulas, a respiração e a concentração afetem todas as célular e ritmos do corpo.

62 minutos mudam a massa cinzenta do cérebro.

2h30m mudam a psique em sua correlação com o campo magnético. A mudança permanecerá na mente subconsciente.

Finalmente, estes são os efeitos de uma mesma meditação feita ao longo de dias:

40 dias: muda um hábito.

90 dias: implanta o hábito novo na mente subconsciente.

120 dias: você se torna o novo hábito.

1000 dias: você alcança a maestria no novo hábito.
 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A ciência do Yoga

A prática milenar, desenvolvida há mais de três mil anos, pelos indianos, atua no sistema nervoso central, reduzindo o stress e favorecendo a cognição.


Diz o célebre texto Yoga Sutra de Patanjali que a ioga – conjunto de técnicas milenares surgidas na Índia há mais de 3 mil anos – é a supressão das instabilidades da mente. Ou seja, a paralisação voluntária das modificações mentais, os pensamentos. Nesse sentido, nada tem a ver com religião, ginástica ou terapia: ioga é uma filosofia prática. E, segundo esse sistema filosófico, não é possível atingir boa saúde física e mental sem a aquisição de estados mais profundos de concentração. Tratar a prática cientificamente requer adotar uma linha de estudo objetiva, com linguagem atualizada e cuidado de manter suas tradições e princípios originais, sem descaracterizá-los.

O papel dos pesquisadores e da ciência em relação às técnicas é observar e descrever os fenômenos fisiológicos, verificando as formas como o organismo responde às práticas. No caso da ioga, o ciclo completo para sua realização consiste no cumprimento de oito etapas, que envolvem não só práticas e exercícios de concentração, mas também de respiração, de descontração, de purificação orgânica e gestos reflexológicos manuais. Algumas dessas técnicas se destacam pela notória influência no sistema nervoso central. Alguns exercícios têm efeitos neuroendócrinos e neuroquímicos e chegam a provocar alterações estruturais em áreas do cérebro, favorecendo funções cognitivas e aspectos emocionais.

Nos últimos dez anos, com a incidência de transtornos de ansiedade e humor em nossa sociedade, inúmeros estudos tentam demonstrar a importante relação entre emoções e atividade do sistema nervoso autônomo (SNA). Tornaram-se comuns, por exemplo, as crises hipertensivas por stress e principalmente alterações no sistema respiratório em consequência de mudanças nos estados emocionais. Indivíduos que sofrem de distúrbio do pânico frequentemente hiperventilam durante as crises, e um dos recursos para diminuir a velocidade respiratória é justamente a chamada “respiração diafragmática ou abdominal”, técnica extensamente utilizada na ioga.
Tanto a ansiedade quanto o stress e a depressão envolvem a ativação do sistema nervoso simpático (SNS) e do eixo neuroendócrino hipotalâmico-hipofisário-adrenal (HPA). O hipotálamo é a estrutura responsável pela regulação de funções básicas, manutenção e sobrevivência do organismo. Por meio de mecanismos controladores das funções vegetativas e endócrinas, o hipotálamo induz respostas orgânicas às alterações no meio ambiente externo e interno, por exemplo aquelas induzidas por agentes estressores, que permitem ao organismo a adaptação para manter a homeostase (manutenção de condições estáveis para as células). A ativação do SNA pelo hipotálamo é responsável por alterações fisiológicas, como intensificação da frequência cardíaca, aumento do fluxo sanguíneo para os músculos, da glicemia, do metabolismo celular e da atividade mental e liberação de adrenalina, o que permite melhor desempenho físico e mental.

Efeitos neuroendócrinos e neuroquímicos chegam a provocar alterações estruturais, favorecendo funções cognitivas e aspectos emocionais
Além de estimular o SNA, o hipotálamo (que também é responsável pelo controle de diferentes glândulas endócrinas) ativa o eixo HPA, influindo nas reações orgânicas ao stress. Em uma situação tensa, o hipotálamo sinaliza a secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), também conhecido como corticotrofina, responsável pelo controle da secreção de corticoesteróides (que contêm o cortisol, hormônio do stress) pela glândula adrenal. Além do eixo HPA, o stress ativa a divisão simpática do sistema nervoso neurovegetativo, como parte da reação de luta ou fuga. Como resultado, a noradrenalina das fibras nervosas simpáticas periféricas é liberada em diferentes tecidos, bem como a adrenalina (e também alguma noradrenalina) da medula adrenal, na corrente sanguínea. A constante ativação do SNS, do eixo HPA e a liberação de adrenalina levam a uma situação crônica de stress e depressão, que afetam a integridade do cérebro.

Em 2005, pesquisadores da Universidade de Duisburg-Essen, Alemanha, e da Universidade de Nova York, observaram em mulheres estressadas alterações positivas relevantes em consequência da prática de exercícios respiratórios (Pránayáma) e posturas (Ásana) durante três meses. Para avaliá-las, os pesquisadores utilizaram testes psicológicos como a Escala Cohen de Stress Percebido, Inventário Estado-Traço de Ansiedade (STAI), Perfil de Estados de Humor (POMS), Escala CEDS de Depressão e até níveis salivares de cortisol. Segundo a equipe de Gustav Dobos, coordenador da pesquisa, a prática de ioga induz uma redução imediata nos níveis de cortisol e consequentemente do stress, apontando para um efeito direto no eixo HPA. O efeito ansiolítico da prática é tão significativo que alguns pesquisadores o têm comparado à influência de medicamentos como benzodiazepínicos.
ANDY LIM/SHUTTERSTOCK
Técnicas orientam o controle voluntário e atuam no sistema cardiovascular
Mente Alerta
Com o objetivo de observar os efeitos calmantes da ioga e sua atuação no SNS, pesquisadores do departamento de psiquiatria do All India Institute of Medical Sciences, em Nova Déli, liderados por G. Sahasi, em 1989, compararam efeitos da ioga aos do ansiolítico diazepam. Ao fim de três meses de pesquisa, os autores descobriram que o grupo que praticou ioga tinha pontuação significativamente menor em escalas de ansiedade, reduzindo os sintomas. Tais resultados não foram encontrados no grupo que havia tomado o medicamento. Em outro estudo que durou nove anos, liderado pelo pesquisador N. S. Vahia, do departamento de psicologia médica da Seth G.S. Medical College e do K.E.M. Hospital em Mumbai, na Índia, em 1973, os pesquisadores observaram a eficácia de técnicas da ioga e de medicamentos ansiolíticos, separadamente, na redução da ansiedade. Os autores concluíram que o grupo praticante da técnica apresentou menor índice de ansiedade na escala de Taylor; em alguns casos, os efeitos da técnica foram mais eficientes na redução dos sintomas que a clordiazepóxido (ansiolítico) e a amitriptilina (antidepressivo).
A meditação (Samyáma) é sem dúvida a técnica de ioga mais estudada, talvez pela influência que exerce em diferentes funções cognitivas. Meditar é refletir, divagar. No entanto, durante a prática, o objetivo é justamente o oposto: evitar a corrente de pensamentos, deixando que a mente foque apenas um objeto, símbolo ou mantra. Assim, durante a meditação, o esforço executado pelo cérebro para se concentrar em um único ponto torna-o ativo, ao contrário da crença comum de que a meditação nada mais é do que um estado de repouso. Ainda não se sabe ao certo o que ocorre no sistema cerebral durante a meditação, apesar de pesquisas recentes começarem a decifrar esses enigmas. Testes com eletroencefalografia vêm demonstrando que a concentração (Dhyána), uma das etapas iniciais da prática meditativa, é um processo cognitivo que requer treinamento e integração de diferentes redes neurais.

O aumento de atividade de ondas alfa (ondas de 9 a 13 Hz, que refletem estados de relaxamento) e a redução de ondas teta (ondas de 4 a 8 Hz, que indicam tanto estado de sonolência quanto de atenção), durante a meditação, mostram que o cérebro se encontra mais orientado internamente, alerta e atento – ou mais vigilante. A equipe de Richard Davidson, da Universidade Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, investigou a atividade eletroencefalográfica de indivíduos que meditavam diariamente havia mais de 20 anos e de um grupo-controle (meditadores ocasionais). Os autores observaram o aparecimento de ondas cerebrais amplas, conhecidas como ondas gama (de 27 Hz em diante), somente em indivíduos que meditavam diariamente, mostrando grande concentração e aumento de atividade neuronal.
ÉRIKA ONODERA
Após a prática da meditação, essas ondas continuavam presentes no cérebro das pessoas, como se elas estivessem sempre muito focadas e concentradas, mesmo quando não estavam meditando. Em uma segunda etapa do estudo, os mesmos autores concluíram que a melhoria na concentração pode resultar em um estado mental menos ativo cognitivamente, no qual a execução de tarefas exija menos esforço cognitivo. As implicações clínicas podem favorecer indivíduos com déficit de atenção, que apresentam dificuldades em se concentrar. Esses processos estão relacionados a um aumento de atividade de redes de atenção dos lobos frontais anteriores, incluindo uma estrutura chamada córtex cingulado anterior (CCA), resultando em melhora crônica da atenção e da capacidade de concentração. O CCA é uma região envolvida tanto em processos de atenção quanto em processos afetivos e alterações autonômicas. O CCA e o córtex pré-frontal (CPF) modulam então respostas emocionais, provavelmente controlando a atividade neural dos componentes do sistema límbico, como a amígdala (hipoativada).

A ativação dessas áreas cerebrais específicas durante a meditação contribui para a sensação de bem-estar e conforto. Além dos efeitos na cognição e no humor, a prática da meditação é capaz de influenciar o sistema imunológico por meio da redução de pensamentos prejudiciais, muitas vezes eliminados durante o processo. O pensamento “gerado” no CPF projeta-se para o sistema límbico, envolvido no processamento das emoções. Se o pensamento for prejudicial, o hipotálamo e, consequentemente, o eixo HPA são ativados, liberando uma cascata neuroendócrina que resulta na secreção do cortisol, o hormônio do stress. Se essa secreção é contínua, o sistema imune acaba se enfraquecendo.
A meditação também pode atenuar sensações de desconforto. A redução dos níveis plasmáticos do ACTH (hormônio precursor do cortisol), TSH (hormônio estimulador da tireóide) e do próprio cortisol, por exemplo, aumenta a síntese de neurotransmissores como GABA (efeito inibitório da ansiedade), dopamina (envolvida no sistema de recompensa e na sensação de satisfação), serotonina (afeto positivo), endorfinas (que aumentam a síntese de glutamato no cérebro, o que estimula o hipotálamo a liberar beta-endorfinas, reduzindo medo e dor, produzindo uma sensação de bem-estar e alegria), acetilcolina (relação com o aumento nos sistemas de atenção nos lobos frontais). Cientistas sabem que a percepção corporal depende da ativação dos lobos parietais superiores. O hipocampo modula o nível de excitação cortical e de responsividade, por meio de conexões com o córtex pré-frontal, amígdala e hipotálamo. Essas estruturas estão implicadas na capacidade de atenção e nas emoções e são fundamentais para a percepção de imagens.

Hormônios do Stress

A ativação da amígdala direita resulta em estimulação do hipotálamo, com subsequente ativação do sistema nervoso parassimpático; que é responsável por proporcionar uma sensação de relaxamento e de profunda quietude, diminuindo a frequência cardíaca, a taxa respiratória e, consequentemente, a atividade do locus coeruleus (onde a norepinefrina é sintetizada). A queda na produção de norepinefrina diminuiria a estimulação do hipotálamo, reduzindo também a produção de hormônios do stress como ACTH e cortisol (eixo HPA – mecanismo citado acima). Além disso, o hormônio argenina-vasopressina (AVP), que se encontra também rebaixado durante a meditação, contribui para a manutenção de afetos positivos, reduzindo fadiga e excitação, e é significativamente importante na consolidação de novas memórias e no aprendizado.

Como pesquisas anteriores demonstraram, pelo fato de a meditação estar associada a alterações nos padrões e eletroencefalográficos de repouso, o que sugere mudanças duradouras na atividade cerebral, os cientistas começaram a desconfiar que a meditação pudesse ocasionar também alterações morfológicas em estruturas envolvidas nessa prática. Em 2005, a pesquisadora Sara Lazar e equipe, do Massachusetts General Hospital, Estados Unidos, comprovaram que as técnicas de meditação estão significativamente associadas ao aumento da espessura de determinadas regiões corticais (massa cinzenta) relacionadas a processos somatossensoriais, auditivos, visuais e interoceptivos e emocionais. A equipe de Lazar utilizou ressonância magnética funcional (fMRI) para identificar áreas ativadas durante uma forma simples de meditação e descobriram um aumento da atividade dos córtices pré-frontal e parietal, hipocampo, lobo temporal, córtex cingulado anterior, estriado e giros pré e pós-central.

Os resultados das pesquisas indicaram que o exercício ativa estruturas neurais relacionadas à atenção e ao controle do sistema nervoso autônomo. Além disso, a prática regular de meditação previne ou retarda a redução cortical nas áreas pré-frontais relacionadas à idade (a mais vulnerável aos efeitos do envelhecimento), o que pode indicar o envolvimento de múltiplos mecanismos de neuroproteção. As evidências científicas a respeito dos efeitos positivos da ioga parecem confirmar o que já se praticava na civilização indiana há mais de 3 milênios: a meditação proporciona respostas benéficas ao corpo por meio de seus efeitos potenciais no cérebro. Evitar o turbilhão de pensamentos e acalmar a mente para que ela se torne focada e alerta, como tem sido preconizado por praticantes, são processos que a ciência começa a investigar em profundidade, ajudando a preservar e difundir essa corrente filosófica milenar.
Entre as várias técnicas da ioga, os exercícios respiratórios (Pránayáma) parecem ser os que exercem maior influência nos estados de humor, justamente pela notória relação das emoções com a respiração. A regulação respiratória depende de uma série de mecanismos involuntários, podendo ser realizada sem a interferência do controle voluntário. Assim, as características da respiração se ajustam de acordo com as emoções. Entretanto, é possível alterar voluntariamente seu ritmo, frequência e profundidade. As técnicas respiratórias orientam justamente esse controle voluntário, exercendo influência em mecanismos involuntários que regulam a respiração e o sistema cardiovascular, podendo modular a interação entre sistema nervoso simpático e parassimpático e, consequentemente, o eixo HPHPA. Esses exercícios ativam o sistema nervoso autônomo com a finalidade de inibir o sistema simpático e estimular o sistema parassimpático.

Com a prática dos exercícios propostos pela ioga, os quimiorreceptores sensíveis à elevação de CO2, localizados no centro respiratório do cérebro (no tronco cerebral), começam a responder menos a esse aumento durante a expiração, de modo que o indivíduo consegue expirar mais prolongadamente, reduzindo a frequência cardíaca. As técnicas têm como finalidade prolongar a expiração e valorizar a retenção de ar. Esse princípio conduz a um treinamento tão forte do SNA que ocorre um aumento das variações da frequência cardíaca, mesmo quando o indivíduo não está praticando, pois o padrão respiratório involuntário é profundamente alterado. Essas pesquisas talvez expliquem por que os praticantes de ioga sejam menos propensos a desenvolver transtornos de ansiedade e de humor e respondam melhor às alterações emocionais negativas.
Especula-se que a ioga tenha surgido na civilização dravídica, que se expandiu a partir do vale do rio Indo, atual Paquistão, região que na época pertencia à Índia. Não existem documentos desse período sobre o assunto, embora a palavra seja mencionada nos Vedas, textos sagrados do hinduísmo escritos por volta de 1500 a.C. Desde então, a prática passou por muitas transformações e foi incorporada à tradição oral, até que seus principais conceitos fossem compilados em forma de aforismos por Patanjali, cerca de 300 a.C. A origem do termo vem do sânscrito, yuj, que significa “união”, “junção”.
 
Fonte: Revista Mente e Cérebro.

Yoga para ser mais feliz

Respiração e ritmo, característicos da prática milenar, influenciam o humor.


Entre as várias técnicas da ioga, os exercícios respiratórios (pranayama) parecem ser os que exercem maior influência nos estados de humor, justamente pela notória relação das emoções com a respiração. A regulação respiratória depende de uma série de mecanismos involuntários, podendo ser realizada sem a interferência do controle voluntário. As características da respiração se ajustam de acordo com as emoções, mas é possível alterar voluntariamente seu ritmo, frequência e profundidade.

As técnicas respiratórias orientam justamente esse controle voluntário, exercendo influência em mecanismos involuntários que regulam a respiração e o sistema cardiovascular, podendo modular a interação entre sistema nervoso simpático e parassimpático e, consequentemente, o eixo HPA (as mudanças no eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) são características da depressão). Esses exercícios ativam o sistema nervoso autônomo, com a finalidade de inibir o sistema simpático e estimular o sistema parassimpático. Com a prática dos exercícios propostos pela ioga, os quimiorreceptores sensíveis à elevação de CO2, localizados no centro respiratório do cérebro (no tronco cerebral), começam a responder menos a esse aumento durante a expiração, de modo que o indivíduo consegue expirar mais prolongadamente, reduzindo a frequência cardíaca.

As técnicas têm como finalidade prolongar a expiração e valorizar a retenção de ar. Esse princípio conduz a um treinamento tão forte do SNA que ocorre um aumento das variações da frequência cardíaca, mesmo quando o indivíduo não está praticando, pois o padrão respiratório involuntário é profundamente alterado. Essas pesquisas talvez expliquem por que os praticantes de ioga são menos propensos a desenvolver transtornos de ansiedade e de humor e respondem melhor às alterações emocionais negativas.


Fonte: Revista Mente e Cérebro.

Yoga - Bom para o corpo e a mente

Prática da ioga eleva níveis de neurotransmissor que controla ansiedade.


Todo praticante de ioga conhece muito bem os efeitos tranqüilizantes dessa prática milenar. Agora é a vez de a ciência reconhecer que, de fato, a técnica indiana promove os mesmos efeitos que a drogas usadas no tratamento dos distúrbios de ansiedade.



Técnica milenar indiana poderia ser indicada nos transtornos de ansiedade; vantagem é a ausência de efeitos adversos.


Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston e do Hospital McLean descobriram que a ioga é capaz de aumentar os níveis do ácido gama-aminobutírico, mais conhecido como GABA, um neurotransmissor inibitório abundante no cérebro. Publicados no Journal of Alternative and Complementary Medicine, os resultados do estudo sugerem que a prática da ioga deve ser mais estudada como um possível tratamento para os distúrbios da ansiedade e outras condições associadas a baixos níveis de GABA, como a depressão.

Usando ressonância magnética funcional, os pesquisadores compararam oito voluntários que praticaram uma hora de ioga com 11 pessoas que leram durante o mesmo período. Os resultados mostraram aumento de 27% nos níveis de GABA depois da sessão de ioga e nenhuma alteração nos indivíduos do grupo de leitura. “Esse estudo contribui para a compreensão de como o sistema gabaérgico é afetado por uma intervenção comportamental e nos ajudará a desenvolver tratamentos para condições associadas a baixos níveis desse neurotransmissor”, diz o psiquiatra Domenic Ciraulo, um dos autores do artigo. Segundo ele, uma das principais vantagens seria a ausência de efeitos adversos geralmente associados aos medicamentos ansiolíticos, entre eles a dependência.


Fonte: Revista Mente e Cérebro.

Yoga pode diminuir ansiedade e depressão

Técnica milenar ativa áreas cerebrais que contribuem para sensação de satisfação e bom humor


A prática de ioga pode reduzir sintomas de transtornos humor e trazer sensação de satisfação. A conclusão é de um estudo realizado pela pesquisadora Thais Godoy, do Instituto de Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O experimento comprovou a eficácia da técnica como recurso terapêutico que pode ser usada como terapia complementar ou recurso em tratamentos psicológicos ou psiquiátricos.
De acordo com o orientador da pesquisa, Ricardo Monezi Julião de Oliveira, professor do curso de pós-graduação em medicina comportamental, do Departamento de Psicobiologia da Unifesp, a prática incentiva as pessoas a tomar consciência do corpo e de suas tensões por meio de posturas físicas. Por focar o autoconhecimento, a concentração e a meditação, a ioga pode contribuir para facilitar a autoconfiança e o senso de controle.
Para chegar a essa conclusão, 30 funcionários, com idades entre 20 e 45 anos, foram divididos em duas turmas. Os primeiros 15, do grupo experimental, praticaram as técnicas de ioga durante três meses, participando durante 50 minutos de aula; os demais pertenciam ao grupo controle e não fizeram os exercícios. Após esse período, os questionários de avaliação clínica (considerando aspectos como qualidade de vida, depressão e ansiedade), com perguntas objetivas, foram interpretados por uma psicóloga. As técnicas foram aplicadas em sequência estruturada, usando como referência, o Yoga Sutra de Patânjali, também conhecido como Ashtânga, que considera as posturas físicas (os âsanas) uma preparação para as técnicas meditativas e respiratórias, auxiliando na concentração e relaxamento ao final da prática.


Fonte: Revista Mente e Cérebro.

Postura encurvada piora o humor

Eu sempre reforço com meus alunos a importância de se manter uma postura corporal elegante, com a coluna reta, o olhar direcionado para o horizonte à sua frente. Por isto, achei interessantíssima esta matéria que li na revista Mente e Cérebro. Compartilho com vocês.

Andar de cabeça baixa favorece produção de hormônio relacionado ao estresse.

Endireitar os ombros e buscar uma posição que não torture tanto a coluna pode, além de evitar dores no futuro, ajudar a combater o mau humor. É o  que revela uma pesquisa da Universidade Estadual de São Francisco. O professor de educação física Erik Peper dividiu 110 voluntários em dois grupos: em um, todos deviam andar de cabeça baixa e ombros caídos por um corredor; no outro, os participantes deviam fazer o mesmo, mas com as costas eretas. Após a pesquisa, todos responderam a perguntas que avaliavam seu humor e satisfação com a vida. Segundo Peper, as pessoas que atravessaram o corredor com postura relaxada relataram mais cansaço, “falta de energia” e tristeza.

“Basta imaginar como nossos hábitos mudaram ao longo dos últimos 100 anos: passamos mais tempo sentados, e a maioria das pessoas se encurva ou afunda na cadeira em algum momento do dia, seja na mesa de trabalho ou vendo TV”, diz o pesquisador. Os resultados reforçam estudos anteriores que mostram que a postura encurvada está relacionada à maior produção de cortisol, o hormônio do estresse.


Fonte: revista Mente e Cérebro.