Tremedeira, agitação, taquicardia, preocupação. Esses
sintomas podem estar ligados a algum distúrbio de ansiedade, muito comum no
mundo de hoje. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema atinge
aproximadamente 20% da população mundial; somente no Brasil, afeta mais de 10
milhões de pessoas. Mas o que fazer quando as emoções e pensamentos negativos
saem do controle e a ansiedade se torna parte constante da sua vida?
A ansiedade é caracterizada como um estado de medo, apreensão, mal-estar, desconforto, insegurança, estranheza do ambiente ou de si mesmo e muito frequentemente a sensação de que algo desagradável pode acontecer. É um sinal desenvolvido pela natureza com a finalidade de nos proteger e garantir nossa sobrevivência, pois representa a percepção de que algo ameaçador está por acontecer. Às vezes, a ansiedade também vem acompanhada de sinais físicos, como sensação de falta de ar, respiração curta, aperto no peito, ondas de calor, calafrios, formigamento, tremores, náusea. Existem várias outras maneiras pelas quais a ansiedade pode se manifestar. Uma pessoa pode ter uma fobia ou medo intenso de algo. Também pode ter medo de ir a um lugar por não ter como escapar, caso aconteça algo. Ataques de pânico, em que a pessoa sente que vai morrer, também são uma manifestação de ansiedade, nesse caso, fora de controle. Pode ainda se manifestar em comportamentos compulsivos, como lavar as mãos muitas vezes ao dia. Vítimas de traumas também podem sofrer ansiedade, chamada de estresse pós-traumático.
A ansiedade é caracterizada como um estado de medo, apreensão, mal-estar, desconforto, insegurança, estranheza do ambiente ou de si mesmo e muito frequentemente a sensação de que algo desagradável pode acontecer. É um sinal desenvolvido pela natureza com a finalidade de nos proteger e garantir nossa sobrevivência, pois representa a percepção de que algo ameaçador está por acontecer. Às vezes, a ansiedade também vem acompanhada de sinais físicos, como sensação de falta de ar, respiração curta, aperto no peito, ondas de calor, calafrios, formigamento, tremores, náusea. Existem várias outras maneiras pelas quais a ansiedade pode se manifestar. Uma pessoa pode ter uma fobia ou medo intenso de algo. Também pode ter medo de ir a um lugar por não ter como escapar, caso aconteça algo. Ataques de pânico, em que a pessoa sente que vai morrer, também são uma manifestação de ansiedade, nesse caso, fora de controle. Pode ainda se manifestar em comportamentos compulsivos, como lavar as mãos muitas vezes ao dia. Vítimas de traumas também podem sofrer ansiedade, chamada de estresse pós-traumático.
A professora de Yoga Thais Godoy Bobbio, pesquisadora do projeto da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de controle da ansiedade pelo Yoga,
diz que pesquisas recentes indicam que a ansiedade atinge a população em
geral, nas mais variadas categorias socioeconômicas, porém, com maior
prevalência entre as mulheres e geralmente indivíduos acima de 18 anos de
idade. A médica Claudia Welch, docente do Instituto de Ayurveda de Albuquerque,
Novo México (EUA), do médico especialista em Ayurveda Vasant Lad, acredita que
o mundo moderno está exigindo demais das mulheres, que têm de cuidar da casa
ao mesmo tempo que precisam ser competentes no campo profissional. Isso as
torna mais propensas a distúrbios emocionais. O Ayurveda sugere que a ansiedade
geralmente seja causada por excesso dos elementos ar ou éter no indivíduo, o
que torna os pensamentos e emoções inconstantes. Aderson Moreira da Rocha,
médico do Rio de Janeiro, presidente da Associação Brasileira de Ayurveda e
autor do livro A Tradição do Ayurveda (Editora Águia Dourada), comenta que,
segundo a medicina indiana, as pessoas mais suscetíveis a esse tipo de problema
são aquelas com dosha ou desequilíbrio em vata, que são de biotipo magro, com
dificuldade para ganhar peso, agitado, que não conseguem aquietar a mente, com
tendência à secura. “Nós não vivemos no aqui e agora, nem temos tempo para
olhar para dentro. Estamos sempre no vir a ser e nas coisas externas devido à
limitação dos sentidos, que jogam nossa atenção para fora. Isso gera uma
agravação no dosha vata, que tem mais chance de desenvolver o problema, pois
vata gera inquietação, agitação interna e depressão ansiosa”, comenta o médico.
FORA DE CONTROLE
A professora Thais diz que o sentimento de ansiedade é normal e adaptativo ao ser humano, mas pode se tornar crônico, perturbando o funcionamento saudável do corpo e da mente. É quando aparecem os distúrbios de ansiedade. “As exigências da vida moderna, pressões e tensões do cotidiano afetam a condição física e mental e, consequentemente, interferem na qualidade de vida. Vivemos em um mundo globalizado, uma sociedade que acompanha essas transformações e nem isso é simples. Muita informação, pressão, falta de tempo e organização, medos e preocupações são produtos dessa época”, comenta. A professora de Yoga Camila Reitz, de Florianópolis (SC), concorda que os distúrbios de ansiedade se tornaram mais comuns nos últimos anos. “A resposta às coisas está muito rápida atualmente. Enviamos um e-mail e temos de ter a resposta no mesmo momento. Quando as coisas demoram um pouco mais, as pessoas ficam ansiosas. Ninguém mais sabe esperar”, diz.
A professora Thais diz que o sentimento de ansiedade é normal e adaptativo ao ser humano, mas pode se tornar crônico, perturbando o funcionamento saudável do corpo e da mente. É quando aparecem os distúrbios de ansiedade. “As exigências da vida moderna, pressões e tensões do cotidiano afetam a condição física e mental e, consequentemente, interferem na qualidade de vida. Vivemos em um mundo globalizado, uma sociedade que acompanha essas transformações e nem isso é simples. Muita informação, pressão, falta de tempo e organização, medos e preocupações são produtos dessa época”, comenta. A professora de Yoga Camila Reitz, de Florianópolis (SC), concorda que os distúrbios de ansiedade se tornaram mais comuns nos últimos anos. “A resposta às coisas está muito rápida atualmente. Enviamos um e-mail e temos de ter a resposta no mesmo momento. Quando as coisas demoram um pouco mais, as pessoas ficam ansiosas. Ninguém mais sabe esperar”, diz.
Os especialistas concordam que o mundo moderno tem tornado as pessoas mais
ansiosas. “Nossa sociedade no século XXI tornou-se muito vata (com a energia do
ar e do éter), que se move como o vento. Não temos mais tempo para olhar o pôr
do sol ou comer uma maçã sem tocar o celular ou ter de responder aos e-mails”,
comenta o dr. Aderson. Mas quando o problema começa a afetar a vida negativamente,
de uma maneira exagerada, é sinal de que é necessário tomar uma providência. E
é fácil perceber quando a coisa saiu do controle. Você deixa de fazer coisas
rotineiras por causa da ansiedade; não quer mais sair de casa; os sintomas
aparecem várias vezes ao dia, mesmo sem motivo aparente. Você está andando na
rua e de repente começa a suar frio e o coração acelera. Vai ao supermercado
fazer compras e se sente mal. Segundo a professora Thais, mesmo as crises são
normais em estado de atenção ou medo, quando a adrenalina é descarregada no
sangue para conseguirmos escapar de um perigo. “A crise de ansiedade permite
que fiquemos atentos para tomar medidas para lidar com ameaças, como quando
nos deparamos com um cão bravo, nos sentimos ansiosos e por causa desse medo
saímos correndo. Se não sentíssemos isso poderíamos colocar nossa vida ‘em
risco’. Porém, após esse acontecimento, nosso corpo tem de voltar ao estado de
equilíbrio chamado homeostase. As crises se tornam graves quando não
conseguimos mais controlar esses sentimentos, quando não conseguimos mais
desarmar esse estado de alerta”, explica Thais. Se não conseguimos desarmar o
estado de atenção, vivemos em constante medo, fazendo o corpo achar que
estamos em perigo e liberando no sangue substâncias que mantêm o organismo
“acelerado”. E isso nos causa mais ansiedade, que libera mais adrenalina. É
como um ciclo vicioso do qual não conseguimos sair.
O que desencadeia essa “piora” no problema não é totalmente definido, mas
essas crises geralmente aparecem depois de alguma mudança repentina,
dificuldades, estresse em demasia, traumas. A maioria das pessoas que tem
ansiedade patológica já sofria de nervosismo antes de começar a ter problemas,
mas, geralmente, passou por algo marcante que fez as crises aparecerem. A
analista de logística Aline Cardoso Castelli, de Campinas (SP), diz que sempre
foi uma pessoa ansiosa, mas nos últimos anos sofreu muitas mudanças na vida, o
que aumentou o problema. “Tive algumas mudanças na minha rotina durante um
período muito curto, perdi meu emprego e comecei a construir uma casa. Com
isso, as tensões e preocupações foram ficando maiores e tomaram conta dos meus
pensamentos”, comenta. A economista Jhanayna Siqueira, de São Paulo, comenta
que a ansiedade sempre foi uma companheira durante toda a sua vida. “Sofro de
ansiedade desde pequena. Sou uma pessoa ansiosa por natureza. Tenho o defeito
grande de sempre me antecipar aos fatos e tentar achar uma solução para
situações que ainda nem se desenrolaram. Não sei exatamente quando surgiu, mas
desde pequena sou ansiosa. Já roí muita unha quando criança e na fase adulta
ela se manifesta principalmente de duas maneiras: angústia e compulsão
alimentar”, diz.
Como esses sentimentos e sensações são, na maioria das vezes, incontroláveis,
a pessoa decide procurar um psiquiatra, que pode indicar medicamentos para um
efeito imediato nas crises e terapia para descobrir o que está causando a
ansiedade e ajudar a pessoa a controlar a situação. Thais concorda que é
necessário um diagnóstico médico, mesmo que a pessoa não queira se tratar com
remédios alopáticos. “Devemos procurar ajuda médica e psicológica quando esses
sentimentos de ansiedade persistem várias vezes ao dia por longos períodos de
tempo, quando sentimos que ele está atrapalhando em várias áreas de nossa
vida”, comenta. O médico Aderson Moreira da Rocha diz que, às vezes, mesmo com
tratamentos não alopáticos, a resposta não é a esperada e, nesse caso, apenas
um psiquiatra pode definir o tratamento que melhor ajudará na cura desse
problema. “Faço acompanhamento médico e psicológico desde que tive meu segundo
filho, em 2003”, declara Jhanayna.
CAMINHOS ALTERNATIVOS
Nem só de remédios e terapia vivem as pessoas que sofrem de distúrbios de ansiedade. O Yoga e o Ayurveda são usados, com muito sucesso, para aliviar o problema, principalmente em casos mais leves. “Procurei o Yoga porque sempre ouvi que é um trabalho psicofísico que tem como uma das consequências acalmar a mente. De alguma maneira, sempre me interessei pela doutrina e achava que se conseguisse ter sucesso ‘acalmando’ a mente, eu conseguiria controlar mais a minha ansiedade. E isso tem acontecido. No Yoga consegui enxergar pela primeira vez como o ser humano é único. Um trabalho corporal no sentido físico traz benefícios fantásticos para a mente e para o coração”, diz Jhanayna.
Nem só de remédios e terapia vivem as pessoas que sofrem de distúrbios de ansiedade. O Yoga e o Ayurveda são usados, com muito sucesso, para aliviar o problema, principalmente em casos mais leves. “Procurei o Yoga porque sempre ouvi que é um trabalho psicofísico que tem como uma das consequências acalmar a mente. De alguma maneira, sempre me interessei pela doutrina e achava que se conseguisse ter sucesso ‘acalmando’ a mente, eu conseguiria controlar mais a minha ansiedade. E isso tem acontecido. No Yoga consegui enxergar pela primeira vez como o ser humano é único. Um trabalho corporal no sentido físico traz benefícios fantásticos para a mente e para o coração”, diz Jhanayna.
No projeto da Unifesp coordenado por Thais, os resultados estatísticos foram
bem significativos na melhora dos níveis de ansiedade dos participantes, uma
média de 76%. Isso quer dizer que houve diminuição dos níveis de ansiedade
dos participantes em cerca de três quartos. Como a ansiedade, muitas vezes,
aparece por causa de excesso de estimulação e estresse, o Yoga ajuda a pessoa a
acalmar a mente e o corpo, fazendo com que as crises fiquem mais espaçadas, ou
até desapareçam. “Nunca fui ao médico para saber em que tipo ou nível de
ansiedade eu me encaixava. Procurei o Yoga como forma de manutenção desses
estados ansiosos, que são fases. Quando tenho algum compromisso marcado ou
alguma tarefa para fazer, fico mais ansiosa e apreensiva, então foco no meu
pensamento até que tudo se resolva”, comenta a analista Aline. A prática ajuda
a controlar o problema, pois envolve muitos fatores que levam a pessoa a se
conhecer melhor e saber o que fazer quando estiver prestes a entrar em um
estado ansioso. “O Yoga é uma grande ferramenta, visto que faz parte dessa
filosofia a prática de exercícios físicos (asanas), técnicas respiratórias
(pranayama) – que são de extrema importância para acalmar o organismo –,
técnicas de concentração (dharana) e técnicas de meditação (dhyana). O Yoga
trabalha na manutenção do equilíbrio e promove o autoconhecimento”, comenta
Thais Godoy.
Jhanayna diz que o Yoga trouxe um conhecimento pessoal que faz com que ela
consiga se antecipar às crises. “Hoje tenho mais consciência de que tudo tem
seu tempo para acontecer e os efeitos causados nem sempre são aqueles que eu
imaginava ser inicialmente. Mas desde que retornei ao Yoga tenho melhorado muito.
As crises têm sido cada vez mais esparsas e consigo enxergar a ansiedade
quando ela se aproxima. Nesse momento tento fazer exercícios de respiração e
acalmar a mente para que a crise passe”, comenta. A economista também diz que
sente que a mesma busca e dedicação que temos na prática do Yoga ao executar as
posturas e manter o controle mental para permanecer nelas se refletem no dia a
dia. “Tenho pensado muito nisso e acho que está ligado a um aumento de
autoestima, de dedicação consigo mesmo. No Yoga aprendi que não é a perfeição
que importa, e sim a busca pelo seu caminho”, declara.
Camila Reitz acredita que a ansiedade vem de uma dificuldade de se manter no
presente e que “o Yoga tem como instrumento maior a volta para o agora, por
meio da respiração, da concentração”. Camila diz que a maioria dos alunos que
procura as aulas de Yoga sofre de algum problema de nervosismo. “Já tive
alunos que estavam passando por fases terríveis de ansiedade e depressão por
problemas pessoais graves. Gosto muito das posturas invertidas, pois fazem as
pessoas terem outra visão da vida. Também indico que cantem um mantra do qual
gostem quando os pensamentos negativos que os deixam tristes ou ansiosos
vierem à mente”, comenta. A professora de Florianópolis também sofre com o
problema, que acredita ser de família. “Minha mãe é bastante ansiosa e tem
problemas para dormir por causa disso. Acho que puxei para ela, especialmente
quando se trata de problemas de trabalho, espera de respostas etc.”, diz.
Camila comenta que faz o pranayama nadi sodhana (respiração alternada) todas
as manhãs, e quando está em épocas mais nervosas, pratica a respiração à noite
também.
O Ayurveda também ajuda a melhorar a ansiedade de uma maneira mais natural.
Pode ser um tratamento complementar à alopatia, pois mesmo tomando drogas alopáticas
o paciente pode utilizar a medicina indiana – até como um suporte para quando
está parando de tomar medicamentos. Ou pode ser usado com o Yoga para quem está
tentando evitar o tratamento com remédios. O médico Aderson diz que alguns
fitoterápicos são bastante utilizados para apaziguar a ansiedade. “Utilizamos
as plantas medicinais para acalmar o dosha vata, principalmente acariçoba, passiflora,
valeriana, mulungu, melissa, ashwaganda (erva indiana nutritiva) e triphala
(combinado de três ervas indianas usado para desintoxicar e rejuvenescer o
organismo)”. Mas o Ayurveda não se limita a fitoterápicos, pois senão seria
como utilizar o modo alopático para prescrever plantas. Então, além de tomar as
ervas, a pessoa que quiser se tratar de ansiedade com a medicina indiana deve
mudar o estilo de vida, assimilando atos como alimentação natural, exercícios
e descanso correto. “O Ayurveda refere que a rotina diária ou dinacharya é
fundamental, ou seja, devemos construir hábitos saudáveis: dormir e acordar
cedo, praticar meditação e Yoga regularmente, ter uma dieta equilibrada e
atividade física bem orientada. Abhyanga (massagem ayurvédica) e shirodhara
(técnica ayurvédica em que um fluxo contínuo de óleo morno é derramado na
cabeça) também são indicados no tratamento”, diz o médico carioca.
E se mesmo com todos esses recursos, a pessoa ainda não conseguir controlar as crises, é necessário procurar um médico para que a ansiedade não se torne crônica ou se transforme em síndrome do pânico. “Quando as ferramentas terapêuticas do Ayurveda e do Yoga não são suficientes para as crises de ansiedade, o paciente precisa de ajuda especializada”, finaliza Aderson Moreira da Rocha.
E se mesmo com todos esses recursos, a pessoa ainda não conseguir controlar as crises, é necessário procurar um médico para que a ansiedade não se torne crônica ou se transforme em síndrome do pânico. “Quando as ferramentas terapêuticas do Ayurveda e do Yoga não são suficientes para as crises de ansiedade, o paciente precisa de ajuda especializada”, finaliza Aderson Moreira da Rocha.
O projeto da Unifesp
Esse projeto surgiu em 2007, quando Thais Godoy Bobbio fez pós-graduação em medicina comportamental pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Fizeram parte do projeto a própria Thaís, como pesquisadora, e os orientadores Ricardo Monezzi (biólogo e professor do departamento de pós-graduação de Medicina Comportamental da Unifesp) e o professor de Yoga Gérson D´Addio da Silva.
O projeto tinha a intenção de quantificar cientificamente se o Yoga pode ser benéfico nos quadros de ansiedade e depressão. De início, dois grupos de 15 pessoas, de uma multinacional da cidade de São Paulo, que apresentavam algum nível de ansiedade ou depressão (mensurados por um questionário validado cientificamente), foram incluídos na pesquisa. Por questões acadêmicas e para que não causasse interferência nos resultados, não participaram pessoas que tomavam qualquer medicamento psiquiátrico ou que estavam passando por tratamentos psicológicos. Caso contrário, não seria possível mensurar se a melhora foi pela interferência da Yoga ou dos tratamentos médicos.
Os pesquisadores aplicaram um programa com aulas de Yoga no período de três meses. Ao final desse período, a avaliação com o questionário foi repetida para comparação de possíveis alterações do quadro do grupo que praticou Yoga e do que não praticou. Os resultados estatísticos mostraram uma média de 76% de praticantes que apresentaram diminuição dos níveis de ansiedade.
Como o Yoga age na ansiedade
O Yoga ajuda a diminuir a ansiedade por causa do efeito no sistema nervoso. A prática de asanas, respiração, relaxamento e meditação abaixa os níveis de hormônios responsáveis pela aceleração do organismo. O Yoga também equilibra os batimentos cardíacos e acalma a respiração, problemas comuns em pessoas que sofrem de ansiedade.
Além disso, pesquisas têm comprovado cientificamente que a prática de Yoga pode ajudar no funcionamento cerebral. Estudos piloto feitos por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston e publicados no Journal of Alternative and Complementary Medicine comprovaram que uma sessão de uma hora de Yoga estimula os níveis do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (Gaba) no cérebro. Níveis baixos de Gaba estão associados à ansiedade e depressão.
Nos estudos, os pesquisadores usaram um equipamento de alta tecnologia de espectroscopia por ressonância magnética para medir os níveis de Gaba em praticantes e não praticantes. Nenhum deles sofria de problemas psiquiátricos. Foram feitos scanners dos cérebros antes do experimento. Depois, os praticantes fizeram uma hora de Yoga, enquanto os não praticantes apenas leram. Os que fizeram Yoga tiveram um aumento de 27% nos níveis desse neurotransmissor.
Esse projeto surgiu em 2007, quando Thais Godoy Bobbio fez pós-graduação em medicina comportamental pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Fizeram parte do projeto a própria Thaís, como pesquisadora, e os orientadores Ricardo Monezzi (biólogo e professor do departamento de pós-graduação de Medicina Comportamental da Unifesp) e o professor de Yoga Gérson D´Addio da Silva.
O projeto tinha a intenção de quantificar cientificamente se o Yoga pode ser benéfico nos quadros de ansiedade e depressão. De início, dois grupos de 15 pessoas, de uma multinacional da cidade de São Paulo, que apresentavam algum nível de ansiedade ou depressão (mensurados por um questionário validado cientificamente), foram incluídos na pesquisa. Por questões acadêmicas e para que não causasse interferência nos resultados, não participaram pessoas que tomavam qualquer medicamento psiquiátrico ou que estavam passando por tratamentos psicológicos. Caso contrário, não seria possível mensurar se a melhora foi pela interferência da Yoga ou dos tratamentos médicos.
Os pesquisadores aplicaram um programa com aulas de Yoga no período de três meses. Ao final desse período, a avaliação com o questionário foi repetida para comparação de possíveis alterações do quadro do grupo que praticou Yoga e do que não praticou. Os resultados estatísticos mostraram uma média de 76% de praticantes que apresentaram diminuição dos níveis de ansiedade.
Como o Yoga age na ansiedade
O Yoga ajuda a diminuir a ansiedade por causa do efeito no sistema nervoso. A prática de asanas, respiração, relaxamento e meditação abaixa os níveis de hormônios responsáveis pela aceleração do organismo. O Yoga também equilibra os batimentos cardíacos e acalma a respiração, problemas comuns em pessoas que sofrem de ansiedade.
Além disso, pesquisas têm comprovado cientificamente que a prática de Yoga pode ajudar no funcionamento cerebral. Estudos piloto feitos por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston e publicados no Journal of Alternative and Complementary Medicine comprovaram que uma sessão de uma hora de Yoga estimula os níveis do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (Gaba) no cérebro. Níveis baixos de Gaba estão associados à ansiedade e depressão.
Nos estudos, os pesquisadores usaram um equipamento de alta tecnologia de espectroscopia por ressonância magnética para medir os níveis de Gaba em praticantes e não praticantes. Nenhum deles sofria de problemas psiquiátricos. Foram feitos scanners dos cérebros antes do experimento. Depois, os praticantes fizeram uma hora de Yoga, enquanto os não praticantes apenas leram. Os que fizeram Yoga tiveram um aumento de 27% nos níveis desse neurotransmissor.
Fonte: Revista Yoga Journal.
Maravilhoso esse texto Selma. É tão importante essa informação direcionada para o problema da ansiedade que eu me vi literalmente integrada em algumas partes dele. Sat Nam
ResponderExcluirErika